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Escalada no conflito

Mortes na Síria: EUA e Rússia pedem reunião do Conselho de Segurança da ONU

Escalada de conflito na Síria já teve mais de 1.300 mortos segundo Observatório Sírio para os Direitos Humanos
Escalada de conflito na Síria já teve mais de 1.300 mortos segundo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (Foto: EFE/EPA/BILAL AL HAMMOUD)

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Os Estados Unidos e a Rússia pediram uma reunião a portas fechadas, na segunda-feira (10), ao Conselho de Segurança da ONU devido à escalada da violência na Síria. O pedido foi feito neste domingo (9), conforme diplomatas informaram à agência de notícias Reuters.

Os pedidos de ambos os países na ONU, não foram as únicas manifestações internacionais em relação à Síria. Em um comunicado, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, pediu que as autoridades sírias responsabilizem os "terroristas islâmicos radicais". "Os Estados Unidos condenam os terroristas islâmicos radicais, incluindo jihadistas estrangeiros, que assassinaram pessoas no oeste da Síria nos últimos dias," disse ele.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, também se manifestou, afirmando que os relatos de mortes generalizadas de civis nas regiões costeiras da Síria são “horríveis”. Ele pediu às autoridades de Damasco que garantam que todos os sírios sejam protegidos contra a violência que assola o país.

Já o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou que as mortes de civis "devem cessar imediatamente". Por sua vez, o governo alemão pediu "veementemente a todas as partes que ponham fim à violência".

Síria enfrenta maior conflito desde deposição de ex-presidente

A Síria enfrenta o maior conflito desde que o presidente interino Ahmad Sharaa assumiu o país. Mais de mil pessoas já foram mortas em confrontos entre as forças de segurança do governo e os apoiadores do presidente deposto Bashar al-Assad.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, o número total de mortos e mártires, tanto civis quanto militares, havia aumentado para 1.311 durante a operação de segurança que ocorreu em resposta aos ataques de militantes alauítas às forças de segurança na quinta-feira, 6 de março.

A violência começou após o novo governo reprimir uma insurgência da minoria alauita, à qual pertence Assad, nas províncias de Latakia e Tartous.

Em pronunciamento feito em uma mesquita de Damasco neste domingo, o presidente Sharaa afirmou que os responsáveis pelo "derramamento de sangue" serão responsabilizados e punidos. Ele também anunciou a criação de uma "comissão independente" para investigar as violações contra civis.

As forças de segurança da Síria afirmaram que ao menos 200 de seus agentes foram mortos nos confrontos com ex-militares do governo anterior e que os ataques “escalaram para atos de vingança”.

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