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Crise política

MP da Coreia do Sul denuncia presidente por insurreição após aplicar lei marcial

Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante anúncio da lei marcial na televisão (Foto: EFE/EPA/YONHAP SOUTH KOREA OUT)

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O Ministério Público da Coreia do Sul denunciou neste domingo (26) o presidente do país, Yoon Suk-yeol, por supostamente liderar uma insurreição e por abuso de poder ao declarar lei marcial em dezembro do ano passado.

A denúncia, a primeira na história da Coreia do Sul para um presidente em exercício e sob prisão preventiva, foi feita dois dias antes do término de um período de reclusão para que Yoon seja interrogado.

Yoon, que está sob prisão preventiva desde o último dia 15, foi acusado formalmente pelo Ministério Público a pedido do Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários (CIO).

No início do dia, um tribunal de Seul havia negado dois pedidos sucessivos da promotoria para estender o mandado de prisão de Yoon para interrogatório, depois que ele se recusou repetidamente a depor ao CIO.

A promotoria decidiu prosseguir com a denúncia após analisar as provas disponíveis no caso e julgar que essa era a melhor opção antes que o período de detenção de Yoon expirasse.

Por lei, na Coreia do Sul, um suspeito pode ser mantido em detenção por um período máximo de 10 dias, a menos que uma ordem para estender o período seja concedida ou que o suspeito seja formalmente acusado.

A investigação do CIO afirma que Yoon conspirou com o então ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, e outros militares para iniciar um motim, decretando lei marcial na noite de 3 de dezembro.

Ele também é acusado de abuso de poder por enviar tropas ao Parlamento para impedir que os deputados revogassem a lei marcial.

Se Yoon for considerado culpado de insurreição, um crime para o qual um presidente sul-coreano não tem imunidade, ele poderá ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte, cuja moratória vigora na Coreia do Sul desde 1997.

Paralelamente a esse processo criminal, o Tribunal Constitucional está realizando um julgamento para determinar se mantém ou não o impeachment aprovado pelo Parlamento em 14 de dezembro.

Se a mais alta corte da Coreia do Sul confirmar a desqualificação do presidente, eleições antecipadas terão de ser convocadas dentro de 60 dias após a decisão.

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Conteúdo editado por: Isabella de Paula

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