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Policiais realizam investigação no hall de entrada da estação de Volgogrado, onde ocorreu a detonação. Pelo menos 14 pessoas morreram | REUTERS/Sergei Karpov
Policiais realizam investigação no hall de entrada da estação de Volgogrado, onde ocorreu a detonação. Pelo menos 14 pessoas morreram| Foto: REUTERS/Sergei Karpov

Uma mulher-bomba foi a responsável pelo ataque no hall de entrada de uma estação de trem russa na manhã deste domingo (29), que matou pelo menos 16 pessoas no segundo ataque mortal em três dias, enquanto o país se prepara para sediar Jogos Olímpicos de Inverno. A informação é da agência de notícias Reuters.

A mulher-bomba detonou seus explosivos em frente a um detector de metal logo na entrada principal da estação de Volgogrado em torno de 12h45 (local, 06h45 em Brasília). Cenas exibidas na TV mostraram uma enorme bola de fogo laranja enchendo a sala com colunas imponentes e muita fumaça saindo pelas janelas quebradas.

"Soou o sinal de alarme (do detector). Um policial a levou para um canto para revistá-la pessoalmente. Nesse momento, explodiu a bomba", informou uma fonte policial à agência "Interfax".

A terrorista detonou a bomba antes de entrar no edifício propriamente dito, explicou Vladimir Markin, porta-voz do Comitê de Instrução (CI) da Rússia. Também segundo o CI, a equipe de segurança instalada desde o atentado suicida contra o aeroporto de Domodedovo, em Moscou, em janeiro de 2011 que deixou 36 mortos impediu que a terrorista chegasse à sala central, evitando que o número de mortos fosse ainda maior.

A bomba tinha uma potência equivalente a 10 quilos de TNT e, segundo as forças de segurança, se o terrorista tivesse entrado na estação poderia ter causado uma carnificina.

Um porta-voz dos investigadores russos disseram que pelo menos 16 pessoas foram mortas. Duas vítimas morreram horas depois da explosão no hospital, que ainda deixou mais de 40 feridos, nove deles em estado grave.

O presidente Vladimir Putin ordenou que as agências de aplicação da lei tomem todas as precauções necessárias para garantir a segurança, disse seu porta-voz. Um porta-voz da polícia federal disse que medidas seriam reforçadas em aeroportos e estações, com mais policiais em serviço e verificações de segurança mais rigorosas.

Mas o ataque, apenas dois meses depois de uma mulher-bomba matar seis pessoas em um ônibus, na mesma cidade, levantou questões sobre a eficácia das medidas de segurança, que o Kremlin rotineiramente ordena que sejam reforçadas após bombardeios.

Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque. Mulheres-bomba - conhecidas como "viúvas negras" porque algumas são os parentes de insurgentes mortos - levaram a cabo vários ataques reivindicados por militantes islâmicos.

Volgogrado está logo acima da região rebelde do Norte do Cáucaso, onde há uma série de províncias de maioria muçulmana que inclui a Chechênia, onde a Rússia lutou duas guerras contra separatistas nas últimas duas décadas.

Volgogrado é uma cidade de cerca de 1 milhão de habitantes, e um importante centro de transportes no sul da Rússia, cerca de 690 quilômetros a nordeste de Sochi, onde os Jogos Olímpicos serão iniciados em 7 de fevereiro.

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