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Beata Mariana de Jesus Mejia-Mejia reencontrou-se com seu filho appis um mês de separação | Bill O'Leary/The Washington Post
Beata Mariana de Jesus Mejia-Mejia reencontrou-se com seu filho appis um mês de separação| Foto: Bill O'Leary/The Washington Post

Um menino guatemalteco de sete anos se reencontrou com sua mãe em Baltimore (Nordeste dos EUA), um mês após serem detidos e separados quando procuravam por asilo na fronteira americana. Darwin Micheal Mejia é uma das mais de 2,3 mil crianças que foram tomadas de seus pais por agentes federais dos EUA nas últimas semanas, como parte da mais recente repressão à imigração ilegal por parte do governo Trump. 

Ele é filho de Beata Mariana de Jesus Mejia-Mejia, que entrou com uma ação contra o governo Trump, no início desta semana, contra o processo de separação das famílias imigrantes. A decisão da mãe de Darwin contribuiu para ampliar a crise da política migratória nos Estados Unidos. Diante da repercussão negativa deste e outros casos, o presidente americano Donald Trump emitiu um decreto nesta semana determinando que as famílias permaneçam detidas juntas, enquanto os adultos respondem processo para eventual deportação.

“Olhem para o seu rosto. Ele está triste, mas agora vamos ficar juntos. Ninguém vai nos separar novamente”, disse ela para um grupo de jornalistas que aguardavam pelo encontro. Eles fugiram da Guatemala e procuraram asilo nos Estados Unidos após enfrentarem violência e ser ameaçada de morte pelo marido. 

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Mejia-Mejia e Darwin se renderam à Patrulha da Fronteira após cruzar a fronteira entre o México e os Estados Unidos. Ela alega na ação que o governo violou as garantias do devido processo legal e privou-a de cuidar de seu filho quando eles foram separados. 

Dois dias após, Darwin foi separado dela. Mejia-Mejia foi libertada no dia 15 e tem estado com uma amiga em Austin (Sul dos Estados Unidos), enquanto espera a audiência que avaliará seu pedido do asilo. 

Ela disse na quinta, a repórteres, que queria ficar nos Estados Unidos para “lutar pelo filho. Quero dar-lhe uma boa educação”. Questionada se queria deixar uma mensagem às autoridades americanas, ela afirmou: “Que Deus lhes toque o coração.” 

Ao contrário de muitos imigrantes separados de seus filhos, Mejia-Mejia não foi acusada criminalmente de cruzar a fronteira. Segundo seus advogados, o caso dela mostrou que as autoridades de fronteira estavam separando famílias para inibir a procura por asilo.

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