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O governo da Suécia registrou um aumento de contas falsas no Twitter nos últimos meses, conforme se aproximam as eleições parlamentares no país, marcadas para 9 de setembro. Estudo da Agência Sueca de Pesquisa em Defesa (FOI, na sigla em sueco) apontou o crescimento no número dos chamados bots discutindo política na rede social. Segundo a pesquisa, 40% dos perfis são mais propensos a apoiar o partido Democratas Suecos, contrário à imigração. A expectativa é de que a sigla alcance bons resultados na votação do próximo mês. 

O estudo foi realizado em meio a preocupações amplas sobre o efeito da desinformação no processo eleitoral. Segundo o pesquisador Johan Fernquist, o número de bots quase dobrou entre julho e agosto. Segundo o relatório, o crescimento pode levar os usuários genuínos da rede a acreditarem "que esse conteúdo (é) mais amplamente aceito ou conhecido do que realmente é". 

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O documento observou que "é 40% mais comum que os bots apoiem o Democratas Suecos em comparação a contas genuínas". A agência analisou quase 600 mil tuítes de mais de 45 mil contas, mas não apontou quem pode estar por trás das contas de robôs. 

"Esperamos que esse estudo contribua para uma maior conscientização dos possíveis efeitos dos

bots

À época, o primeiro-ministro Stefan Lofven disse à emissora SVT que "tornou-se cada vez mais óbvio que as potências estrangeiras estão tentando influenciar uma eleição e seu resultado". Ele acrescentou que "obviamente a Rússia foi ativa nas eleições dos Estados Unidos" e que o governo sueco não poderia presumir estar imune à interferência. 

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Pesquisas sugerem que os Democratas Suecos - atualmente o terceiro maior grupo político do país - poderia se tornar o segundo maior partido e superar o principal grupo da oposição, os Moderados, de posicionamento liberal. O maior partido sueco, o governista Social Democratas, foi responsável pelo famoso Estado de bem-estar social. 

Os Democratas Suecos, nascidos de um movimento radical nacionalista ligado ao neonazismo, tem suavizado sua retórica e expulsou membros abertamente racistas. O partido ganhou popularidade em meio ao debate sobre imigração, assunto chave na próxima eleição. O país escandinavo de 10 milhões de habitantes recebeu 163 mil refugiados durante o dramático

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