• Carregando...
HANDOUT/REUTERS

Aperto de mãos histórico entre Obama e Castro

Com um aperto cordial de mãos, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente de Cuba, Raúl Castro, deram início na noite de sexta-feira (10) a uma negociação que pode marcar a reconciliação entre os dois países.

O gesto simbólico foi feito durante a Cúpula das Américas, que ocorre na Cidade do Panamá. Ambos os lados ainda trabalham sobre questões difíceis, que podem levar à abertura de embaixadas nas capitais (Washington e Havana), primeiro estágio de um novo relacionamento diplomático.

Os dois líderes conversaram na enquanto o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, observava (foto). Segundo a Casa Branca, a interação foi informal e os dois líderes não entraram em conversas substanciais

Um encontro entre Dilma Rousseff e o presidente Barack Obama estava marcado para a tarde de sábado (11), em meio às atividades da 7.ª Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá.

Na sexta-feira (10), para um auditório lotado de ativistas e cidadãos de 33 países do continente, no Fórum da Sociedade Civil paralelo à cúpula, Obama afirmou que ficou no passado o tempo em que os EUA interferiam impunemente na América Latina para impor sua agenda.

Ele, porém, salientou que Washington irá sempre se pronunciar contra violações de direitos humanos e de princípios democráticos fundamentais, porque têm “obrigação moral”, e mandou um recado aos presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Raúl Castro, cujas políticas domésticas são alvos de críticas por parte dos EUA: “Nações fortes não temem cidadãos ativos”.

Facebook

Dilma se reuniu na sexta-feira (10) com o diretor-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, e anunciou uma parceria entre o governo brasileiro e a empresa para levar acesso à internet gratuita para a população de baixa renda. A presidente explicou que conversou com Zuckerberg sobre a possibilidade de estender para outras regiões uma experiência já promovida pelo Facebook em Heliópolis, em São Paulo.

“Quando virmos o espaço da sociedade civil se fechar, trabalharemos para abri-lo. Quando forem feitos esforços para separá-los do mundo, tentaremos conectá-los. Quando vocês forem silenciados, denunciaremos a seu favor. E, quando forem reprimidos, queremos fortalecê-los, estaremos a seu lado no trabalho por mudança. Respeitamos as diferenças entre os nossos países. Os dias em que o pressuposto da nossa agenda no hemisfério era que podíamos interferir impunemente, esses dias estão no passado”, disse Obama.

Os EUA vivem momento de tensão com a Venezuela, devido à repressão violenta do governo de Nicolás Maduro a manifestantes e à oposição e também às sanções impostas pela Casa Branca contra venezuelanos.

Com Cuba, as relações estão sendo retomadas.

Na sexta-feira (10), momentos antes da abertura da Cúpula, Obama e o colega cubano Raúl Castro deram o histórico primeiro aperto de mãos desde que os dois países, rompidos desde 1961, anunciaram em 17 de dezembro o restabelecimento das relações diplomáticas. O encontro informal aconteceu no saguão do Centro de Convenções Atlapa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]