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Um navio com destino à Faixa de Gaza levando ativistas mulheres e ajuda para o território palestino isolado vai zarpar no domingo do porto de Trípoli, no norte do Líbano, em direção ao Chipre, disseram organizadores da viagem nesta quinta-feira.

Israel já avisou que não deixará que navios aportem na Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo grupo militante palestino Hamas. Nove turcos pró-palestinos morreram em 31 de maio quando comandos israelenses atacaram uma frota que se dirigia a Gaza levando ajuda.

Yasser Qashlaq disse que o navio Mariam deixará Trípoli às 22h do domingo (16h de Brasília) com destino ao Chipre. Um segundo navio, o Naji al-Ali, zarpará dois dias depois, disse ele à Reuters.

"O objetivo é romper o bloqueio à Faixa de Gaza", disse Qashlaq, acrescentando que o Mariam levará cerca de 60 mulheres libanesas, norte-americanas e europeias, além de medicamentos contra o câncer. O Naji al-Ali levará equipamentos médicos, incluindo aparelhos de diálise.

"Vamos zarpar para o Chipre e, de lá, partiremos para a Palestina", disse ele. "Recebemos permissão das autoridades libanesas e não recebemos nenhuma recusa das autoridades cipriotas."

Ele não informou quando o navio deixará o Chipre com destino à Faixa de Gaza.

Israel, que abrandou seu bloqueio à Faixa de Gaza em resposta às intensas críticas internacionais por seu ataque ao navio turco Mavi Marmara em maio, disse que tem o direito de "usar todos os meios necessários" para impedir os navios libaneses de chegarem a Gaza.

O embaixador de Israel nas Nações Unidas disse no mês passado que o controle israelense tem como objetivo bloquear embarcações que podem "carregar armas ou indivíduos com intenções de provocação ou confronto", acusação que Qashlaq negou.

"Qualquer operação israelense contra os navios será considerada um ato de pirataria", disse ele. "Não acho que o inimigo (Israel) vá repetir o ato estúpido que cometeu."

Representantes da ONU exortaram países a não tentar romper o bloqueio naval israelense e pediram que todas as partes envolvidas se contenham.

No mês passado um navio de bandeira do Líbano levando ajuda para a Faixa de Gaza foi desviado para um porto egípcio, e seu carregamento foi entregue a Gaza por terra.

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