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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não se manifestou publicamente sobre a decisão da ONU
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não se manifestou publicamente sobre a decisão da ONU| Foto: EFE-EPA/FILE/ABIR SULTAN

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realizou nesta sexta-feira (24) uma consulta por telefone com vários ministros de seu governo para discutir a resposta de Israel à decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que ordenou a suspensão da operação militar em Rafah.

“A conversa envolveu o ministro das Relações Exteriores, o de Assuntos Estratégicos, o da Justiça, o da Defesa e o ombudsman”, informa em um comunicado do Gabinete do Primeiro-Ministro.

O conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e o procurador-geral, Gali Baharav-Miara, também participaram da conversa.

Nesta sexta, a CIJ exigiu que Israel interrompesse imediatamente sua ofensiva militar em Rafah para evitar “a destruição física total ou parcial” dos palestinos em Gaza, e ordenou que o país garantisse o acesso de missões internacionais para investigar as alegações da África do Sul e outros países de um suposto genocídio no enclave.

A primeira reação oficial partiu do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que disse que a única resposta de Israel à decisão deve ser “a conquista de Rafah, o aumento da pressão militar e o esmagamento total do Hamas, até alcançarmos a vitória total na guerra”.

O Conselho de Segurança Nacional e o Ministério das Relações Exteriores de Israel também emitiram uma declaração conjunta, afirmando que as acusações de genocídio apresentadas pela África do Sul contra Israel em Haia são “falsas, ultrajantes e moralmente repugnantes”.

Já o ministro do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, classificou a guerra contra o Hamas como uma campanha justa, em crítica à decisão da corte da ONU.

“O Estado de Israel empreendeu uma campanha justa e necessária após o massacre brutal de seus cidadãos, a violência sexual abominável realizada contra suas mulheres, o sequestro de suas crianças e o disparo de foguetes contra suas cidades”, disse.

Gantz, um dos líderes da oposição que se juntou ao governo de emergência após o início da guerra, enfatizou o compromisso de Israel de “continuar a operar onde e quando for necessário - inclusive em Rafah - de acordo com a lei internacional e salvaguardando a população civil o máximo possível”.

“Não por causa da CIJ, mas por causa de quem somos e dos valores que defendemos”, disse.

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, chama a decisão da CIJ de “injusta” porque não leva em conta que os combates em Rafah têm como objetivo garantir o retorno dos sequestrados, suspeitos de estarem retidos lá.

No entanto, ele culpa o governo israelense pelo fato de essa situação ter chegado à justiça internacional. (Com Agência EFE)

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