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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (30) que o país está pronto para discutir o fim da guerra na Faixa de Gaza. O líder israelense disse que, após uma reunião com seu gabinete na noite de sábado, está disposto a seguir o plano do presidente dos EUA, Donald Trump, de “emigração voluntária” dos habitantes do território, desde que o Hamas “solte as armas” e que seus líderes “saiam” de Gaza com permissão das forças vencedoras.
Netanyahu também analisou que “a pressão militar” de Israel sobre a Palestina tem colhido frutos, já que uma nova ofensiva no dia 18 de março eliminou 900 membros do Hamas e libertou 59 reféns israelenses (entre vivos e mortos) desde o fim do cessar-fogo.
"O Hamas deporá suas armas. Seus líderes terão permissão para ir para o exterior. Garantiremos a segurança geral na Faixa de Gaza e permitiremos a implementação do plano Trump, o plano de imigração voluntária", comunicou o primeiro-ministro.
Netanyahu também rebateu as críticas de que Israel não estaria aberto às negociações do cessar-fogo na região. Segundo ele, o país está debatendo “sob fogo” e que a estratégia tem sido “eficaz”, pois é possível notar “rachaduras” no inimigo, referindo-se possivelmente às manifestações de habitantes de Gaza contra a permanência do Hamas na região.
"Este é o plano de Israel. Não o estamos escondendo, estamos prontos para discuti-lo a qualquer momento. Até hoje, a combinação de pressão militar e pressão política é a única coisa que conseguiu trazer os reféns de volta", analisou.
Netanyahu também se referiu aos dois projéteis que foram disparados do Líbano em direção ao território de Israel na sexta-feira sem causar nenhum dano, seguidos por um ataque israelense no país vizinho (inclusive em um prédio em Beirute) que deixou pelo menos cinco pessoas mortas.
O premiê de Israel afirmou que "o Estado do Líbano é responsável pelo que sai de seu território e deve garantir que isso não aconteça. Nenhum ataque contra o Estado de Israel sairá de seu território. Respeitamos o Estado do Líbano e seu exército e, portanto, pedimos a eles o que se pede a alguém que você respeita", finalizou.
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