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O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu determinou nesta segunda-feira (4) que as Forças de Defesa de Israel (FDI) ocupem toda a Faixa de Gaza, inclusive zonas onde o grupo terrorista Hamas mantém reféns desde os ataques de 2023. A informação foi divulgada por veículos de imprensa israelenses, como o Canal 12 e o The Jerusalem Post.
Segundo essas fontes, a ordem inclui avançar com operações militares em áreas que antes eram evitadas por risco à vida dos reféns. Segundo o Canal 12, um alto funcionário do gabinete de Netanyahu disse nesta segunda que “a decisão está tomada, Israel vai ocupar toda a Faixa de Gaza”. Ele ainda enviou um recado ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Eyal Zamir, onde disse que se ele não concordar com a decisão do premiê “então vai ter que renunciar”.
A decisão foi tomada após o Hamas divulgar um novo vídeo mostrando um refém israelense visivelmente debilitado, sendo obrigado a cavar sua própria cova, e em meio à falta de avanço nas negociações para libertação dos sequestrados que ainda estão sob controle terrorista no território palestino. Segundo o Canal 12, a fonte do gabinete de Netanyahu disse que “o Hamas não vai libertar mais reféns sem rendição total”.
“Se não agirmos agora, os reféns morrerão de fome e Gaza permanecerá sob controle do Hamas”, disse a fonte.
De acordo com a imprensa israelense, o plano para ocupar toda Gaza prevê que as forças de Israel passem a atuar também em campos de refugiados e outras regiões que ficam no centro do enclave palestino, onde a presença militar era restrita para evitar colocar reféns em risco. De acordo com as fontes citadas, as FDI já controlam cerca de 75% da Faixa de Gaza.
