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Após intervalo de 30 anos, compositor italiano Giorgio Moroder lança “Déjà Vu” | Foto: Daniel Boczarski/Getty Images/
Após intervalo de 30 anos, compositor italiano Giorgio Moroder lança “Déjà Vu”| Foto: Foto: Daniel Boczarski/Getty Images/

A sala de Giorgio Moroder exibe com orgulho as lembranças de sua carreira como pioneiro da música disco e pop —carreira que Moroder, 75, está prestes a retomar.

Sobre uma mesa de vidro, ficam dois Oscars, dois Globos de Ouro, um prêmio People’s Choice e três Grammys. Nas paredes, há álbuns de ouro, platina e multiplatina na forma de vinil, CDs e até mesmo cassetes. São os resultados do trabalho de compositor e produtor dos hits de Donna Summer, da trilha sonora de “Flashdance” e de “Take My Breath Away”, balada da banda Berlin para o filme “Top Gun: Ases Indomáveis”.

No final da década de 1980, Moroder acumulava no currículo clássicos da música disco, grandes sucessos do pop e trilhas originais para filmes como “Expresso da Meia-Noite” e “Scarface”.

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Porém, durante grande parte dos anos 1990 e 2000, ele praticamente se aposentou da música, produzindo poucas canções. Ultimamente, com o resgate das batidas e do clima da era disco em faixas de Pharrell e Robin Thicke, Moroder encontrou uma leva de admiradores mais jovens.

Neste mês, ele lança o primeiro álbum próprio em 30 anos: “Déjà Vu”, com vocais de Sia, Britney Spears, Charli XCX, Kelis, Mikky Ekko e outros.

“Déjà Vu” é um álbum dance-pop do começo ao fim —uma mistura reluzente, efervescente e cuidadosa da música disco que deu os primeiros hits a Moroder com a dance music eletrônica, que há décadas vem amplificando suas ideias. O mesmo vale para o senso de melodia e contraponto, de tensão e relaxamento, dos naipes de cordas e das guitarras brincando com as batidas.

O single promocional do disco, “Right Here, Right Now”, com Kylie Minogue, foi a música dance número um nos EUA em abril, segundo a lista da “Billboard”.

Os hits disco que Moroder compôs e produziu na década de 1970 com Summer são marcos da dance music. Ela era uma cantora americana radicada em Munique. Ele, um jovem compositor pop da província do Tirol do Sul, no norte da Itália, com ambições no mercado internacional.

Para fortalecer o ritmo no primeiro sucesso internacional de Summer, “Love to Love You Baby”, de 1975, Moroder colocou um bumbo em cada batida —fundamento que qualquer DJ hoje em dia conhece como “four-on-the-floor”.

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Dois anos mais tarde, Moroder tentou imaginar como seria a música do futuro e criou um arranjo com sintetizadores para “I Feel Love”, também de Donna Summer. Seu timbre mecânico, com sons ostensivamente artificiais, fez dessa música um sucesso instantâneo. Sua batida e sua linha de baixo, com o contraste entre a voz humana e a propulsão sintética, ecoam na música dance desde então.

“Nisso que todos atualmente chamam de EDM (sigla em inglês para “música eletrônica para dançar”), as pessoas mais influentes provavelmente foram Giorgio Moroder e o Kraftwerk”, disse o DJ e produtor David Guetta, cujo single “Hey Mama” é atualmente o número um na parada Hot Dance / Eletrônica da “Billboard”. “Muitos desses garotos que hoje são grandes DJs nem sabem da influência dessa gente.”

Hoje Moroder trabalha na trilha sonora de um filme que ele não revela qual é. Ele também está começando a compor um musical que incluiria alguns de seus hits e meia dúzia de outras canções. Ainda não tem título, disse, “mas provavelmente terá a palavra ‘disco’”.

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