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Universidade Centro-Americana (UCA), instituição de ensino vinculada à Companhia de Jesus, é alvo de perseguição porque acolheu manifestantes pró-democracia em 2018
Universidade Centro-Americana (UCA), instituição de ensino vinculada à Companhia de Jesus, é alvo de perseguição porque acolheu manifestantes pró-democracia em 2018| Foto: Silvio Balladares/Divulgação/UCA

A ditadura da Nicarágua determinou o confisco de todos os bens da Universidade Centro-Americana (UCA), instituição de ensino vinculada à Companhia de Jesus.

Segundo informações do jornal Confidencial, a direção da universidade foi notificada na terça-feira (15) da decisão da juíza Gloria María Saavedra Corrales, da 10ª Vara Criminal de Manágua – na Nicarágua, a exemplo da Venezuela e de Cuba, o Judiciário é totalmente subserviente ao governo.

O argumento para o confisco dos bens da UCA seriam acusações de que a instituição funciona como um “centro de terrorismo, organizando grupos delinquentes”. De acordo com o jornal La Prensa, a direção da universidade, que refuta as alegações, suspendeu todas as atividades acadêmicas e administrativas nesta quarta-feira (16).

Na semana passada, as contas bancárias da universidade e seus imóveis haviam sido bloqueados. Na segunda-feira (14), a Corte Suprema de Justiça (CSJ) retirou o credenciamento da UCA como centro alternativo de mediação de conflitos jurídicos, serviço que prestava há 54 anos.

Nos últimos dois anos e meio, a ditadura de Daniel Ortega fechou 26 universidades nicaraguenses, das quais 11 tiveram seus bens confiscados.

No caso da UCA, a instituição passou a ser perseguida porque acolheu manifestantes feridos durante a repressão aos protestos por democracia de 2018. Um ex-reitor e um vice-reitor que haviam viajado para México e Argentina, respectivamente, foram impedidos de voltar à Nicarágua.

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