Manágua A Defesa Civil nicaragüense divulgou ontem um novo balanço de pessoas atingidas pela passagem do furacão "Félix" no país, que registra 65 mortos, 21 feridos e 93.729 desabrigados. Dentre as 65 pessoas que morreram, 60 são da cidade de Puerto Cabezas, a mais afetada pelo furacão, ao tempo que as outras são de Waspán, Prinzapolka e de Bonanza, comunidades habitadas majoritariamente por índios misquitos.
Segundo um relatório preliminar, o furacão, que passou na terça-feira pelo litoral nicaragüense com ventos de 260 km/h (categoria 5 na escala Saffir-Simpson), também causou muitos danos materiais e ambientais. De acordo com a Defesa Civil do país, 18.275 famílias foram afetadas pelo furacão, enquanto 8.925 pessoas ainda permanecem hospedadas em 61 albergues temporários.
O "Félix" deixou 12.003 casas completamente danificadas e 3.985 parcialmente destruídas, e causou danos em outros 88 edifícios públicos e 107 particulares. O píer de Puerto Cabezas foi parcialmente afetado, enquanto a torre de controle do aeroporto da cidade foi derrubada pela passagem do furacão.
A Defesa Civil, que destacou que cerca de 134 pessoas foram resgatadas após a passagem do "Félix", também relatou a contaminação de 6.681 poços d'água. A instituição disse que serão necessários cerca de 6 milhões de litros de água para beber e cozinhar durante 15 dias nas zonas afetadas, assim como arroz, feijão, açúcar, milho, sal, cereais, leite, latas de óleo e remédios. Além disso, o órgão informou que o serviço de energia elétrica em Puerto Cabezas está funcionando com apenas 10% de sua capacidade.



