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Nicarágua retira nacionalidade de bispo, escritores e outras 90 pessoas
Ditador Daniel Ortega apresenta lista de presos políticos em pronunciamento nacional| Foto: EFE/Cesar Pérez/Presidencia de Nicaragua

As autoridades da Nicarágua retiraram nesta quarta-feira (15) a nacionalidade de 94 pessoas, entre elas os escritores Sergio Ramírez e Gioconda Belli, o bispo auxiliar de Manágua, Silvio Báez, e o ex-comandante da revolução, Luis Carrión.

Também foram afetados pela decisão o ex-chanceler Norman Caldera, o ex-magistrado sandinista Rafael Solís, o ex-embaixador da Organização dos Estados Americanos (OEA) Arturo McFields e o jornalista Carlos Fernando Chamorro.

Todos foram considerados "traição à pátria" pela Corte de Apelações de Manágua e tiveram também "a imobilização e confisco a favor do Estado da Nicarágua de todos os bens imóveis e empresas que os réus tenham registrados em seu favor, quer a título pessoal, quer como pessoa coletiva ou sociedade em que participem como sócios, para responder pelos crimes cometidos".

Os réus ainda foram considerados foragidos da Justiça e perderam o direito de ocupar cargos públicos ou eletivos pelos crimes de formação de quadrilha e difusão de notícias falsas.

A Corte de Apelações de Manágua justificou a decisão com base na "Lei Especial que regula a perda da nacionalidade nicaraguense" e na Lei de Defesa dos Direitos do Povo à Independência, Soberania e Autodeterminação para a Paz.

Desde a reeleição para o quinto mandato (o quarto consecutivo) do ditador Daniel Ortega em novembro de 2021, a Nicarágua passa por uma crise política e social devido a prisão ou exílio de diversos opositores do governo ditatorial.

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