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As Forças Armadas da Nigéria disseram que ao menos 150 pessoas foram mortas em um ataque da facção islâmica Boko Haram à cidade de Baga, localizada no Estado de Borno, nordeste do país.

Há dez dias, os terroristas tomaram o local e, desde então, já atacaram ao menos 16 comunidades vizinhas. Algumas estimativas, inclusive da Anistia Internacional, apontavam para ao menos 2.000 mortos no ataque. Militares nigerianos tentam reaver o território.

O Exército foi duramente criticado pelo episódio, pois há relatos de que os terroristas não tiveram oposição para tomar a cidade. As forças de segurança de uma base militar local teriam fugido dias antes, por conta de outro ataque.

"O número de pessoas que perderam suas vidas por enquanto não excedeu 150, incluindo terroristas que foram mortos por militares", disse o major nigeriano Chris Olukolade.

No país, as Forças Armadas tendem a subestimar o número de vítimas do Boko Haram. Já os políticos locais muitas vezes a superestimam.

Testemunhas que conseguiram fugir para cidades vizinhas e para a capital do Estado de Borno, Maiduguri, disseram que os insurgentes destruíram casas e mataram dezenas de civis.

À agência de notícias France Presse um pescador da região, Borye Kime, 40, disse que Baga está coberta por cadáveres em decomposição.

Borno é, junto aos Estados vizinhos de Yobe e Adamawa, o epicentro da atividade do Boko Haram, cujas ações terroristas mataram ao menos 13 mil pessoas nos últimos cinco anos.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou que mais de 7.000 pessoas fugiram para o Chade nos últimos dias por causa dos ataques em Borno.

O Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", tem por objetivo estabelecer um califado islâmico no nordeste nigeriano, onde já tem várias localidades sob seu poder.

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