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Presidente da Nigéria, Bola Tinubu: país é um dos mais repressivos contra atividades de cristãos no mundo
Presidente da Nigéria, Bola Tinubu: país é um dos mais repressivos contra atividades de cristãos no mundo| Foto: Wikimedia Commons/Chatham House

Em mais um ano, a Nigéria liderou a lista de países onde os cristãos mais correm riscos de serem assassinados por causa da fé, representando 82% das mortes em casos registrados por todo o mundo, segundo a ONG Missão Portas Abertas, que elabora anualmente um relatório com informações atualizadas sobre a perseguição contra seguidores do cristianismo.

A África Subsaariana, região onde o país está localizado, foi responsável por 4.606 das quase 5 mil mortes de cristãos em todo o mundo em 2023, sendo a maioria esmagadora da violência cometida na Nigéria, que terminou o período da pesquisa da ONG, de 1º de outubro de 2022 a 30 de setembro de 2023, com um saldo de 4.118 cristãos mortos.

Outros países do continente africano, que também seguem o padrão nigeriano de perseguição, são a República Democrática do Congo, Uganda, Burkina Faso, Camarões e República Centro-Africana, porém com índices menores de assassinatos.

O relatório anual do Portas Abertas ainda apontou um crescimento dos ataques a residências e comunidades cristãs nos países onde a perseguição é mais intensa. Os números atualizados estimam que houve um aumento de 371% dos registros em relação à lista do ano passado, com dados que passaram de 4.547 para 21.431. A Nigéria divide a liderança das ações violentas com a China, Índia, Nicarágua e Etiópia.

Segundo a organização, devido à dificuldade de angariar os dados pela dificuldade de acesso à informação e contato com voluntários locais, a realidade desses países é provavelmente muito pior e os números estão muito abaixo do contexto atual. Além disso, muitos ataques contra cristãos na África Subsaariana não são denunciados, o que torna ainda mais provável que os números reais sejam mais elevados.

Apesar dos índices de violência permanecerem altos, a Nigéria registrou uma queda de 11% dos assassinatos de cristãos, quando comparado aos números da lista de 2023. Isso se deu principalmente por conta do período eleitoral no país, segundo a ONG, que contribuiu para reduzir a quantidade de sequestros realizados dentro de comunidades de adeptos ao cristianismo.

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