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Haitianos aguardam início da votação em Porto Príncipe | Foto: Reuters
Haitianos aguardam início da votação em Porto Príncipe| Foto: Foto: Reuters

Uma das candidatas favoritas às eleições presidenciais no Haiti, Mirlande Manigat, pediu este domingo a anulação do pleito, devido à ocorrência de "fraude", disse seu porta-voz, Patrice Dumond. Outros 11 candidatos também defendem a anulação do pleito.Eleições históricas

Os haitianos vão às urnas neste domingo (28) para eleger seu novo presidente e renovar o Parlamento. As mesas de votação começaram a funcionar neste domingo, às 9h (horário de Brasília), em meio a temores de violência e suspeitas de fraude.

Disputam a Presidência 19 candidatos, sendo que o apoio do presidente René Préval foi para o tecnocrata Jude Célestin, chefe da empresa estatal encarregada da reconstrução do país.

Célestin concorre com a ex-primeira-dama Mirlande Manigat, a principal líder oposicionista, e acredita-se que os dois candidatos levem a disputa ao segundo turno, em 16 de janeiro. Outro concorrente de peso é Michel Martelly, popular cantor haitiano.

Os eleitores vão escolher também 99 deputados e os ocupantes de 11 das 30 vagas do Senado.

Crise e cólera

ONGs e políticos chegaram a pedir um adiamento do pleito devido ao rápido avanço da doença no país – que já deixou 1.648 mortos e segue fazendo vítimas no país que ainda tem 1,3 milhão de desabrigados pelo terremoto.

Mas para organismos internacionais como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OEA (Organização dos Estados Americanos), a eleição pode ser uma mais uma oportunidade perdida para o país, que já viveu mais de 30 anos sob ditaduras violentas e governos provisórios.

"Historicamente, nas eleições para presidente temos um comparecimento de 60%. Mas o temor pelo contágio [do cólera] vai provocar uma redução nessa média. Não temos como fazer uma previsão", disse ao G1, por telefone de Porto Príncipe, o embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman.

O voto no país é obrigatório, mas segundo o embaixador, não há nenhuma sanção a quem não comparecer às urnas, o que o torna praticamente facultativo.

O diplomata não acredita que os violentos protestos entre militantes nesta semana que antecedeu o pleito prejudiquem a eleição. "Há alguns grupos pequenos que tradicionalmente aqui, quando não tem possibilidade de vencer, não querem que se realize eleição", minimiza.

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