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As autoridades norueguesas informaram nesta segunda-feira sobre a morte de Tjolstolv Moland, um norueguês que cumpria pena com um compatriota na República Democrática do Congo (RDC) por assassinato e espionagem.

A fonte não esclareceu as causas da morte de Moland, de 32 anos, que foi encontrado ontem em sua cela.

Os familiares de Moland acusaram de negligência as autoridades norueguesas que, no ano passado, enviaram uma proposta ao Congo para que Moland e seu compatriota Joshua French cumprissem pena, comutada, em seu país de origem.

"Compreendo a frustração e o desespero da família. É uma situação muito trágica para Moland, sua família e Joshua Fench", disse hoje à TV pública "NRK" o ministro das Relações Exteriores norueguês, Espen Barth Eide.

Eide assegurou que seu departamento nunca antes gastou tanto tempo e recursos em um caso como o de Moland e French, embora tenha admitido que "sempre se pode fazer algo mais".

A Noruega concentrará agora seus esforços em repatriar o corpo de Moland e levar French, de 31 anos, de volta.

Eide lamentou que as autoridades congolesas não tenham respondido aos pedidos da Noruega nem de Grã-Bretanha e anunciou que até que não se resolva este caso, as relações com o Congo não se poderão normalizar totalmente.

Moland e French, detidos em maio de 2009, foram condenados inicialmente por um tribunal militar por espionagem, por portar armas de guerra e assassinar seu motorista, um congolês, em uma estrada de Ituri, na zona oriental do Congo.

O tribunal superior militar de Kinshasa ordenou repetir o julgamento por irregularidades e porque não haviam sido respeitados os direitos dos processados, depois que o governo congolês assegurasse às autoridades norueguesas que não seriam executados.

Mas outro tribunal militar voltou a estabelecer a mesma pena para os dois noruegueses, que já tinham sido do exército da Noruega e que depois trabalharam para companhias de segurança privadas.

Moland e French, com quem encontraram duas carteiras de identificação militares noruegueses, se diziam inocentes e asseguraram que estavam no Congo para estudar a possibilidade de montar uma agência de segurança privada.

As autoridades norueguesas haviam rejeitado qualquer relação com ambos desde que em 2007 deixaram de trabalhar para o exército da Noruega.

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