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Sob pressão militar e diplomática dos Estados Unidos, o ministro da Defesa do regime de Nicolás Maduro, Vladimir Padrino López, disse nesta terça-feira (9) que a Venezuela está “preparada” para enfrentar um eventual ataque e que a determinação do país “está reforçada com armas”, segundo discurso transmitido pela emissora estatal VTV. As declarações ocorreram durante um ato oficial pelos 201 anos da Batalha de Ayacucho, em Caracas.
De acordo com a VTV, Padrino López afirmou que o país mantém “a determinação de lutar por nossa liberdade”, enfatizando que essa disposição “não é nova”, mas que agora está fortalecida “tanto militarmente” quanto “com consciência moral, republicana e de liberdade”. Ele acrescentou que a ideia de pátria e independência está “vigente como nunca”.
O ministro também declarou que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) tem respondido “com dignidade” às ações dos Estados Unidos no Caribe. Washington mantém um amplo deslocamento militar na região sob o argumento de combater o narcotráfico, mas Caracas considera o movimento um plano de desestabilização e de mudança de governo.
Segundo Padrino López, a FANB segue um “plano orientador” adequado ao que classificou como uma “nova agressão militar e multiforme do imperialismo norte-americano”. As declarações ocorreram em meio ao aumento das tensões bilaterais.
Também nesta terça-feira, o chefe negociador do governo chavista, Jorge Rodríguez, afirmou na Assembleia dos Povos que a Venezuela irá se defender “com absoluta certeza” caso uma invasão dos EUA ocorra “por terra, céu ou mar”, de acordo com transmissão da VTV.
“Somos gente de paz, mas tenham certeza de que, se uma agressão ousar entrar em território sagrado da Venezuela, vamos lutar”, declarou.
Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Maduro tem os dias “contados” e não descartou a possibilidade de uma intervenção terrestre na Venezuela.
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