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Visita

Nova comitiva de senadores brasileiros desembarca na Venezuela

Grupo governista, que inclui Roberto Requião, foi recebido sem incidentes, ao contrário de delegação anterior

Na segunda visita de senadores brasileiros à Venezuela em uma semana, uma comitiva integrada por Roberto Requião (PMDB-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Telmário Mota (PDT-RR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) desembarcou no aeroporto internacional de Caracas por volta das 22h30 locais (0h de quinta-feira em Brasília).

Após viajar a bordo de um avião da FAB, a delegação -- mais sintonizada com a política externa da presidente Dilma Rousseff do que a primeira -- foi recebida pelo embaixador do Brasil na Venezuela, Ruy Pereira, e por funcionários do cerimonial da Chancelaria venezuelana.

Com batedores e comboio de segurança transitando pela estrada quase livre, a comitiva com os quatro senadores levou apenas 35 minutos para chegar ao hotel, no centro de Caracas.

Barrados

Na quinta-feira da semana passada, uma comitiva de oito senadores opositores liderada por Aécio Neves (PSDB-MG) não conseguiu sequer sair da área do aeroporto e teve de voltar a Brasília após seis horas de confusão.

O comboio que levava os senadores foi hostilizado por manifestantes chavistas numa área ainda próxima dos terminais. Os batedores não reagiram. Em seguida, a comitiva foi impedida de acessar a estrada que leva até o centro devido a um grande congestionamento causado por um bloqueio policial.

O governo negou ter bloqueado a acesso dos senadores e deu várias justificativas, entre elas a de que um acidente com caminhão havia trancado a vida. Houve, de fato, um incidente com uma carreta que tombou às 6h mas acabou recolhida duas horas depois. Os senadores chegaram ao meio-dia.

Eles pretendiam chegar ao presídio de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, para tentar visitar o opositor Leopoldo López, detido há mais de um ano por instigar protestos antigoverno.

Ao chegar em Caracas nesta quarta, a senadora Grazziotin criticou a comitiva anterior por suposta ingerência na política interna da Venezuela.

“Não cabe a nós, senadores, acirrarmos qualquer disputa entre situação e oposição”, disse. “A primeira comitiva veio com o objetivo claro de reforçar a oposição. Nós estamos aqui para ouvir todos os lados”, disse Grazziotin.

Nesta quinta-feira, os senadores terão encontros com parentes de pessoas mortas em decorrência das violentas manifestações opositoras, com parentes de opositores presos, com membros da oposição moderada e com deputados chavistas.

A comitiva deve embarcar de volta ao Brasil ainda nesta quinta.

Os senadores irão preparar um relatório sobre a situação venezuelana que será apresentado no Senado. “Viemos buscar informações”, disse Requião.

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