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O capitão do Exército instalado como chefe de Estado na Guiné depois de um golpe militar tomou medidas para se fixar no poder, mas disse que não vai concorrer à Presidência nas eleições prometidas pelos militares.

O capitão Moussa Dadis Camara foi escolhido na quarta-feira como líder da Guiné, o país que mais exporta minério de alumínio e bauxita e é destino de bilhões de dólares em investimentos no mercado minerador. Camara substitui o presidente Lansana Conte, que morreu na segunda-feira.

"Eu não tenho a ambição de ser candidato nas eleições", disse Camara, cuja fala foi transmitida pela rádio France International. "Nunca tive a ambição de estar no poder".

Os soldados que deram o golpe, intitulando-se Conselho Nacional pela Democracia e Desenvolvimento (CNDD) não enfrentaram oposição ao tomar a capital, Conarky, três dias depois da morte de Conte, que estava doente.

A junta disse na quarta-feira que os membros do governo e generais do Exército deverão se reportar a uma base militar. Além disso, os chefes regionais do governo Conte serão substituídos por comandantes militares.

Muitos estabelecimentos comerciais fecharam em Conarky na quinta-feira e os soldados patrulham as ruas. No entanto, os vendedores nas beiras das estradas continuaram a trabalhar normalmente e os carros de civis circularam sem bloqueios.

A Organização das Nações Unidas, a União Africana, a União Européia e os Estados Unidos condenaram o fracasso da democracia na África - em agosto, houve um golpe militar na Mauritânia; já no Zimbábue, no Quênia e na Nigéria, houve episódios violentos depois das eleições.

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