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Atualizada no dia 15/06, às 18h42

Os militares americanos estão convencidos de que sabem quem é o sucessor de Abu Musab al-Zarqawi, cujo nome foi anunciado na segunda-feira passada na internet.

Especialistas em contraterrorismo acham que Abu Hamza al-Muhajer é um pseudônimo de alguém que não é iraquiano. Os americanos o identificaram como um egípcio cujo verdadeiro nome é Abu Ayyub al-Masri, um parceiro de Zarqawi. O nome divulgado na internet não consta de listas de terroristas procurados pelos Estados Unidos e, segundo consultores de inteligência, não consta em mensagens trocadas na internet por agentes e simpatizantes da Al-Qaeda nos últimos três anos.

Al-Masri teria treinado nos campos de preparação de guerreiros no Afeganistão em 2001 ou 2002, disse o porta-voz dos militares americanos no Iraque, major-general William Caldwell. O egípcio está sendo procurado pelos americanos desde a operação que matou, na semana passada, o braço-direito de Osama bin Laden no Iraque. Al-Masri teria chegado ao Iraque antes de Zarqawi, tendo sido o agente que instalou a primeira célula terrorista da Al-Qaeda no país.

A rede CNN ouviu integrantes do governo americano envolvidos com contraterrorismo que afirmam ser possível que al-Mujaher seja um nome qualquer, enquanto a escolha do novo líder é feita.

Ainda nesta quinta-feira, o conselheiro de segurança nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubaie, distribuiu um texto encontrado no esconderijo de Zarqawi que contém uma avaliação negativa da situação da insurgência e uma série de recomendações operacionais, entre as quais tentar aumentar a tensão entre os Estados Unidos e o Irã e entre os americanos e os xiitas no Iraque.

O documento, traduzido para o inglês, não teve sua autenticidade comprovada de modo independente. Ele estava guardado num computador ou numa mídia de computador, como um CD.

O texto afirma que o momento atual é favorável às forças americanas e danoso para a resistência. O treino providenciado pelos americanos às forças de segurança iraquianas é um dos fatores enumerados, bem como prisões em massa, apreensão de armamentos, cerco financeiro e desavença nas hostes insurgentes. Também o recrutamento de voluntários não tem sido bem sucedido.

"(...) Achamos que a melhor solução para sair desta crise é envolver as forças dos Estados Unidos numa guerra contra outro país ou quaisquer outros grupos hostis", afirma o texto.

Observadores notaram que a linguagem usada no texto difere dos comunicados da Al-Qaeda postados na internet.

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