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Diplomacia

Novo premiê britânico faz sua primeira visita ao Afeganistão

David Cameron não quer que tropas fiquem "um dia além do necessário". As quase 300 baixas britânicas diminuem apoio popular à missão no país

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, caminha com o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, no palácio presidencial em Cabul, 10 de junho de 2010. Cameron chegou nesta quinta-feira a Cabul, em sua primeira visita oficial a um país que é prioridade na política externa do seu recém-eleito governo de coalizão. | REUTERS/Stefan Rousseau
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, caminha com o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, no palácio presidencial em Cabul, 10 de junho de 2010. Cameron chegou nesta quinta-feira a Cabul, em sua primeira visita oficial a um país que é prioridade na política externa do seu recém-eleito governo de coalizão. (Foto: REUTERS/Stefan Rousseau)

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chegou na quinta-feira (10) a Cabul, em sua primeira visita oficial a um país que é prioridade na política externa do seu recém-eleito governo de coalizão.

Em um mês no cargo, Cameron tem avaliado exaustivamente a situação da guerra do Afeganistão, onde o Reino Unido tem 9.500 soldados, segundo maior contingente estrangeiro, depois do norte-americano.

O grande número de baixas - quase 300 soldados britânicos já foram mortos no país desde 2001 - corrói o apoio popular ao envolvimento militar britânico na guerra, que sobrecarrega as finanças públicas num momento em que o governo precisa cortar gastos para controlar o déficit.

"Ninguém deseja que as tropas britânicas fiquem no Afeganistão um dia a mais do que o necessário", disse Cameron em entrevista coletiva ao lado do presidente Hamid Karzai no palácio presidencial de Cabul.

"O que queremos - e é do interesse da nossa segurança nacional - é entregar (a situação) para um Afeganistão que seja capaz de controlar sua própria segurança."

O contingente militar estrangeiro no Afeganistão está prestes a chegar ao recorde de quase 150 mil, mas a morte de 18 soldados estrangeiros só nesta semana indica que o Talibã nunca esteve tão forte desde que o seu regime islâmico foi derrubado, no final de 2001.

Em Kandahar, reduto insurgente no sul do país, um homem-bomba supspeito de pertencer ao Talibã matou pelo menos 40 pessoas em uma festa de casamento na noite de quarta-feira, segundo policiais. Muitos convidados eram ligados a autoridades locais que cooperam com as forças ocidentais.

No último mês, Karzai fez uma visita a Cameron em Londres, três ministros britânicos estiveram no Afeganistão, e o recém-criado Conselho de Segurança Nacional do governo britânico dedicou várias de suas sessões ao conflito na Ásia central.

O governo do conservador Cameron já disse que pretende um prazo para que a estratégia dos EUA no Afeganistão funcione, mas funcionários britânicos avaliam o que pode ser feito de modo mais eficaz, além do envio de reforços ordenado por Washington.

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