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Jerusalém (AFP) – Israel se lançou numa escalada da violência militar ao multiplicar ontem os ataques aéreos na Faixa de Gaza, e acusou novamente a Autoridade Palestina (AP) de deixar atuar os "grupos terroristas". Os grupos extremistas palestinos Jihad Islâmico, Brigadas dos Mártires de Al Aqsa (vinculado ao partido político Fatah, do líder da AP Mahmoud Abbas) e o Hamas juraram vingar as mortes de palestinos, na série de bombardeios iniciada quarta-feira.

O Exército israelense lançou quatro ataques aéreos sucessivos no norte da Faixa de Gaza, depois de novos disparos de foguetes e de obuses de morteiro palestinos que não provocaram vítimas. Um membro das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa foi morto, e outro ficou ferido. Na véspera, oito palestinos morreram (dois extremistas).

Israel disse ter atacado "um carro transportando ativistas que se preparavam para disparar foguetes contra o território israelense". O Exército também avisou que duas peças de artilharia haviam sido posicionadas na frente da Faixa de Gaza, para impedir os tiros palestinos contra Israel.

Na Cisjordânia, o Exército israelense prendeu 16 palestinos, um dia depois do primeiro-ministro Ariel Sharon anunciar o lançamento de uma "campanha antiterrorista de envergadura sem limite de tempo" por causa da morte de cinco israelenses num mercado por causa de uma explosão provocada por um palestino suicida. Sharon pediu providências à AP, que condenou o atentado mas demonstrou não ter controle sobre os grupos extremistas.

Em uma entrevista publicada ontem, o ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, descartou a possibilidade de alcançar um acordo de paz com a atual direção palestina. "No melhor dos casos, poderemos chegar a acordos interinos, e não acredito que o Estado palestino será uma realidade nos próximos anos", disse.

A Autoridade Palestina denunciou imediatamente as declarações de Mofaz. "Israel toma medidas unilaterais, e não deseja realmente um interlocutor", declarou Saeb Erakat, o ministro palestino encarregado das negociações com o Estado hebreu.

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