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O número total de mortos na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023 chegou, neste domingo (23), a mais de 50 mil, após os últimos bombardeios israelenses contra o enclave palestino, informou o Ministério da Saúde de Gaza, em um comunicado.
"O número de mortos no ataque aumentou para 50.021, e o número de feridos aumentou para 113.274, desde 7 de outubro de 2023", diz a nota do Ministério.
Além disso, a pasta explica que 233 vítimas foram incluídas no número de mortos após completar e verificar seus dados, um procedimento aprovado pelo comitê judicial "que monitora pessoas desaparecidas".
Na última terça-feira (18), Israel rompeu o cessar-fogo na faixa devastada, e desde então, os ataques israelenses mataram ao menos 673 pessoas e deixaram mais de 1 mil feridos.
Além disso, somente nas últimas 24 horas, os bombardeios das tropas israelenses, concentrados principalmente em Khan Yunis e Rafah (no sul do enclave palestino), mataram 39 pessoas e feriram 61, de acordo com as contagens dos poucos hospitais de Gaza que seguem funcionando.
A Defesa Civil palestina também recuperou dois corpos dos escombros, apesar de ter pouca maquinaria pesada para realizar essa tarefa.
Presos em Rafah
Nesse sentido, Rafah emitiu um comunicado, neste domingo (23), denunciando as últimas ordens de evacuação do Exército, que afetam milhares de famílias e "as obrigam a se mudar sob intenso bombardeio, deixando-as desabrigadas".
"No município de Rafah, estamos acompanhando a deterioração da situação humanitária com grande preocupação. Recebemos repetidas ligações de cidadãos presos em suas casas em meio aos bombardeios em andamento e à incapacidade das equipes médicas e de defesa civil de chegar aos feridos e feridos, evacuá-los e fornecer-lhes cuidados médicos urgentes", denuncia.
Além disso, observou que o enclave vem sofrendo com "uma grave escassez de necessidades básicas e tendas de campanha" há mais de duas semanas devido ao bloqueio israelense de caminhões de ajuda que entram na área.
"Nós apelamos à comunidade internacional e a todas as organizações humanitárias e de direitos humanos para que tomem medidas urgentes e sérias para pôr fim a essas violações, abrir corredores seguros para evacuar os feridos e fornecer proteção aos civis presos", acrescentou.



