A ilha de Manhattan pode ser inundada e Nova York pode sofrer danos comparáveis aos verificados em Nova Orleans se a região for atingida por um furacão como o que passou a poucos quilômetros dali em 1938, disseram especialistas nesta segunda-feira.
- Os grandes furacões não são algo exclusivo da costa do golfo do México e do estado da Flórida - disse James Lee Witt, diretor da Agência Nacional de Resposta a Emergências (Fema) de 1992 a 2000.
Witt deu essa declaração no lançamento de uma campanha para melhorar a resposta a desastres como o furacão Katrina, que matou ao menos 883 pessoas ao atingir estados do sul dos EUA no mês passado com ventos de 224 quilômetros por hora.
O grupo ProtectingNewYork.org, do qual participam empresas de seguro, trabalhará para criar um fundo de catástrofe semelhante ao que já existe na Flórida e na Califórnia, disse Witt.
O ex-chefe da Fema, cuja empresa de consultoria faz lobby para a Allstate Insurance Co., recebeu um pedido da governadora do estado da Louisiana, Kathleen Blanco, para dar conselhos sobre as operacões realizadas na regiao depois do Katrina. A Louisiana foi o estado mais atingido pelo furacão.
Segundo Witt, o furacão Long Island Express, de 1938, passou a apenas 85 quilômetros de Manhattan, mas ainda assim provocou danos de US$ 330 milhões e matou 700 pessoas.
- Uma tempestade semelhante hoje pode provocar danos na casa das dezenas de bilhões de dólares - afirmou um panfleto divulgado pelo grupo ProtectingNewYork.org.
O Katrina era um furacão da categoria 4. O furacão de 1938 atingiu Long Island e a Nova Inglaterra com ventos de 194 quilômetros por hora e rajadas de 293 quilômetros por hora.
Witt disse que o ataque de 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center custou cerca de US$ 30 bilhões e especialistas estimam que outro ataque espetacular poderia provocar danos de mais de US$ 250 bilhões, talvez mais, se o ataque envolver uma instalação nuclear ou dispositivo nuclear.



