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Cena inédita: uma das principais vias da capital mexicana em dia de paralisação | Alfredo Estrella/AFP
Cena inédita: uma das principais vias da capital mexicana em dia de paralisação| Foto: Alfredo Estrella/AFP

No turismo, viagens canceladas e hotéis vazios

O setor do turismo sofreu forte impacto por causa da gripe suína. Assim que multiplicaram os casos confirmados no México, países passaram a evitar que sua população viajasse. Os resultados foram hotéis na Cidade do México com menos de 10% de ocupação e cancelamento de 95% das viagens para a capital nos últimos dias. O turismo representa a quarta fonte de ingresso de remessas.

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O peso que caiu sobre as costas do México

Permanece a dúvida por que o número de vítimas fatais da gripe A H1N1 é tão grande no México. Uma das hipóteses diz que um outro vírus ou bactéria comum no México, mas não em outros países, está se aproveitando da presença do vírus da gripe suína e sendo o verdadeiro responsável pelas mortes.

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Brasil tem quadro estável. Austrália, Itália e Japão registram novos casos

Brasil

> O primeiro caso de transmissão em solo brasileiro do vírus A H1N1 aumentou o alerta para o risco de epidemia no Brasil. Exames confirmaram na sexta-feira a contaminação de um amigo do jovem de 21 anos, do Rio de Janeiro, infectado pelo vírus durante uma viagem ao México.

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Mais estranho que a ficção

O surto de contaminação da Influenza A H1N1, chamada de gripe suína, felizmente, não tem se mostrado tão letal quanto se temia logo no seu início. Mas a velocidade com que a doença se espalhou, do México para os quatro cantos do mundo, foi suficiente para causar medo e apreensão de proporções cinematográficas.

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  • Veja que todas regiões do México tiveram casos confirmados

Prejuízo na capital de R$ 240 milhões diariamente, paralisação da maioria dos serviços por cinco dias, falta de turistas e preconceito mundial são situações que o México tem enfrentado recentemente. O grande vilão é a gripe A H1N1, conhecida por gripe suína, que colocou o México entre os países com o maior número de vítimas, ao lado dos Estados Unidos. Cerca de 1,5 mil casos foram confirmados e mais de 48 mexicanos morreram por causa da doença.

O primeiro caso no país foi registrado em março. Assim que as autoridades de saúde soaram o alerta por causa da multiplicação de casos, a maior parte dos serviços ficou fechada por cinco dias para conter uma possível epidemia. A previsão é que a gripe suína deve ser responsável por um recuo de até 0,5 ponto no Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano.

O embaixador brasileiro no México, Sérgio Abreu Florêncio, diz que os efeitos da crise ainda não são visíveis. Ele aponta que o maior impacto aconteceu na capital, Cidade do México, que concentra 30% do PIB do país e tem como atividade principal o comércio (70% da economia). "Justamente serviços e comércio foram mais afetados pela epidemia", afirma. "Um setor que vai precisar de muita ajuda, por exemplo, são os restaurantes porque ficaram fechados todo esse tempo."

Somente na última quarta-feira escritórios e restaurantes reabriram, bem como as escolas de ensino médio e as universidades. Florêncio afirma, no entanto, que as atividades foram retomadas com várias restrições. Os restaurantes só podem funcionar até às 23 horas e o número de mesas foi reduzido para que os clientes fiquem mais distantes e não haja contágio.

Já as escolas, as universidades e o metrô passaram por uma limpeza cuidadosa. "A expectativa dos mexicanos é que essa retomada da atividade econômica e esses cuidados sanitários não provoquem um novo aumento da incidência da Influenza A H1N1 nem aumento do número de óbitos", aponta Florêncio.

Os mexicanos também mudaram seus hábitos, segundo o embaixador. Ele conta que algumas pessoas estão evitando andar de metrô. Um funcionário da Embaixada, inclusive, está indo trabalhar de bicicleta. A orientação do governo é que a população use máscara, evite aglomeração, lave as mãos com frequência, entre outras medidas.

Proibição

O engenheiro brasileiro que mora no México, Roberto Luiz Blauth, lembra que a paralisação das atividades por cinco dias foi rigorosa. A empresa onde ele trabalha teve de fechar, mas, mesmo assim, dois funcionários foram até o trabalho, deixando as portas fechadas. "Se o pessoal de saúde descobrisse, retiraria eles do local de trabalho", diz Blauth.

Segundo a BBC Brasil, o comércio na Cidade do México perdeu 1,5 bilhão de pesos por dia (cerca de R$ 240 milhões), por causa do fechamento de lojas e empresas.

Na semana passada, o governo do México anunciou um pacote de US$ 1,3 bilhão em estímulos fiscais para minimizar as perdas econômicas. O dinheiro está previsto para os setores de turismo, hotelaria e lazer, aviação e indústria suína. O governo estima que perderá US$ 759 milhões em arrecadação, de acordo com a agência de notícias Folhapress.

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