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A equipe de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, caminha para o Congresso nesta quarta-feira para vender aos parlamentares seu plano para uma escalada na guerra do Afeganistão, que o comandante de Obama no campo de batalha diz fornecer os recursos necessários.

As crescentes mortes em combate e os custos militares têm minado o apoio público para a guerra que já dura oito anos e o plano de Obama para o envio de mais 30.000 tropas gerou protestos de lideranças da esquerda do Partido Democrata antes das eleições parlamentares no próximo ano.

Horas depois do discurso de Obama anunciando a chegada das novas tropas em meses, o principal comandante dos Estados Unidos e da Otan, o general Stanley McChrystal, saiu em visitas aos campos de batalha para animar as tropas.

Falando aos seus comandantes por videofone, McChrystal prometeu uma mudança dramática na estratégia, treinamento mais rápido das tropas afegãs e ênfase renovada em obter apoio público para o governo afegão.

"Acho que isso fará uma grande diferença", disse ele a jornalistas. "Acho que estaremos muito bem."

Mais tarde, representantes da administração Obama devem ir ao Congresso, onde podem esperar incertezas de democratas indecisos sobre a escalada da guerra e republicanos desconfiados do pedido de Obama para início da retirada em 18 meses.

Em seu discurso televisionado de terça-feira, Obama disse que o objetivo do aumento de tropas norte-americanas para aproximadamente 100.000 é avançar na luta contra o Taliban, assegurar centros-chaves e treinar as forças afegãs para que elas possam assumir, permitindo a retirada dos Estados Unidos.

Os aliados dos EUA também devem enviar mais soldados, segundo Obama, que disse que "a segurança comum do mundo" está em jogo.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu que os países da coalizão apoiem os planos de Obama. "Eu peço que todos os nossos aliados se unam à estratégia do presidente Obama", disse Brown, que confirmou na segunda-feira que a Grã-Bretanha deve enviar mais 500 soldados.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, elogiou os planos, mas não comprometeu imediatamente a França a seguir o exemplo.

Mas Esmatullah, um jovem pedreiro em Cabul, não ficou impressionado.

"Mesmo que eles tragam toda a América, eles não serão capazes de estabilizar o Afeganistão", afirmou. "Somente os afegãos entendem nossas tradições, geografia e forma de vida."

"Como comandante-em-chefe, eu determinei ser de nosso vital interesse nacional o envio de mais 30 mil soldados americanos ao Afeganistão", anunciou Obama em discurso proferido na Academia Militar de West Point, no Estado americano de Nova York, e transmitido no horário nobre da TV nos EUA.

"São estes os recursos necessários a esta iniciativa ao mesmo tempo que melhoramos a capacidade dos afegãos para permitir uma transição responsável e retirar nossas tropas do Afeganistão. Não foi fácil tomar essa decisão", disse ele. Obama disse esperar que os exércitos aliados também comprometam mais tropas.

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