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Pressão

Obama e Cameron exigem saída imediata de Kadafi

Conselho de Segurança da ONU discute proposta para criação de uma zona de exclusão aérea em território líbio

Rebeldes exibem bandeiras do “Reino da Líbia” em frente de refinaria de petróleo nas proximidades da cidade de Ras Lanuf, palco de violentos combates com as forças de Kadafi | Goran Tomasevic/Reuters
Rebeldes exibem bandeiras do “Reino da Líbia” em frente de refinaria de petróleo nas proximidades da cidade de Ras Lanuf, palco de violentos combates com as forças de Kadafi (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)

Nova York - O presidente americano, Barack Obama, e o premier britânico, David Cameron, afirmaram ontem que o ditador líbio, Muamar Kadafi, deve deixar o poder imediatamente.

Os dois líderes concordaram em levar adiante planos com possíveis ações contra a Líbia, como a zona de exclusão aérea, vigilância com aviões de espionagem, aplicação do embargo de armas aprovada pela ONU e ajuda humanitária.

A imposição de uma zona de exclusão aérea (repetindo o que ocorreu na Bósnia nos anos 90) foi debatida ontem também pelo Conselho de Segurança da ONU.

A França e o Reino Unido, inclusive, teriam preparado um texto que prevê essa possibilidade. Só que, por enquanto, ne­­nhum documento foi apresentado formalmente, e ele permanece como plano de contingência.

A resolução aprovada há duas semanas pela ONU impondo o embargo de armas e o congelamento de ativos financeiros de Kadafi, familiares e aliados já previa a possibilidade de novas sanções caso o cenário piorasse.

Bens

Os países europeus chegaram ontem a um acordo para ampliar o congelamento para incluir outros ativos que as autoridades líbias poderiam ter acesso, como bens que pertencem ao fundo soberano e ao BC do país.

A aprovação da zona de exclusão aérea não deverá ser fácil. Hoje, em entrevista à Sky News, a secretária de Estado Hillary Clinton frisou que a decisão não deve caber aos EUA e sim à ONU.

Porém, Rússia e China (que têm poder de veto) costumam se opor a intervenções militares. Veio de Pequim a principal dificuldade para aprovar a resolução anterior contra a Líbia.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, já afirmou ser contra qualquer tipo de intervenção militar no país africano. "Os líbios precisam resolver seus problemas sozinho.’’

Na China, a Chancelaria disse que é preciso usar "o diálogo e outros meios pacíficos’’ e também é necessário dar tempo para que as medidas já aprovadas pela ONU comecem a produzir efeito.

A zona de exclusão estabelece um território em que as aeronaves (no caso atual, das forças de Gaddafi) não podem voar. Caso insistam, podem ser abatidas pelas forças internacionais.

A aprovação da medida pela ONU é considerada fundamental pela Otan (aliança militar ocidental) para colocar o plano em prática.

Os ministros da Defesa da aliança vão se reunir hoje em Bruxelas para debater as possíveis ações. Uma ação que já começou a valer é a fiscalização aérea 24 horas por dia do território líbio. Até então, o monitoramento vinha sendo feito durante dez horas diárias.

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