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Eleições nos EUA

Obama e McCain próximos de escolher os candidatos a vice

Companheiros de chapa podem ajudar a agregar votos, mas o mais importante é que não causem danos à campanha, diz analista

Veja quais os nomes cotados para ganhar a indicação democrata |
Veja quais os nomes cotados para ganhar a indicação democrata (Foto: )
Veja os nomes cotados para a chapa republicana |

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Veja os nomes cotados para a chapa republicana

Veja como a nação está divididaa quanto a preferência pelo democrata e pelo republicano |

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Veja como a nação está divididaa quanto a preferência pelo democrata e pelo republicano

Em Washington, as apostas estão abertas para a escolha dos colegas de chapa de Barack Obama e John McCain. Os dois candidatos passaram as últimas semanas em reuniões com membros do partido, senadores e governadores em busca do melhor nome para o cargo de vice-presidente. Ambas as campanhas sinalizam com uma decisão entre hoje e o início de suas respectivas convenções (a democrata, a partir do dia 25; a republicana, a partir de 1º de setembro).

Obama e McCain já completaram a fase que os americanos chamam de "vetting time" (momento de checar). Mais do que ajudar a ganhar a eleição, o vice pode ajudar a perder. Levantar a ficha do vice passou a ser um dos passos mais importantes da escolha do número dois pelo menos desde 1984. Naquele ano, a campanha democrata foi pelo ralo após a escolha de Geraldine Ferraro como companheira de chapa de Walter Mondale. Problemas financeiros do marido de Ferraro vieram à tona após a sua indicação, e Mondale caiu nas pesquisas – de onde não saiu mais.

"A regra mais ou menos aceita hoje pelos políticos e especialistas é: escolha alguém que não lhe cause danos", disse à Gazeta do Povo Stephen Hess, assessor dos governos republicanos de Dwight Eisenhower (1953-61), Richard Nixon (1969-74) e Gerald Ford (1974-77), e atualmente especialista em assuntos presidenciais do Instituto Brookings, em Washington.

A confiança é um fator importante, diz Hess, mas nenhum candidato desconsidera o cálculo político: a força do vice em somar votos. Apesar de McCain e Obama serem dois personagens políticos de peso, o que torna improvável que o vice chegue a ser um fator realmente relevante para determinar o resultado da eleição, o companheiro de chapa deve agregar votos em regiões ou grupos em que o candidato principal não tem grande destaque, dizem analistas. Quem é forte nos estados considerados "swing-states" – aqueles que não possuem preferência por nenhum dos dois partidos e serão fundamentais no resultado final – costuma largar na frente (veja mais ao lado).

Futuro presidente

A escolha do vice-presidente também não é apenas a escolha do segundo homem mais poderoso da América. Historicamente, o vice tem boas chances de ele próprio se tornar presidente no futuro. Quatro dos últimos oito ocupantes do Salão Oval foram vice-presidentes – Lyndon Johnson, Richard Nixon, Gerald Ford e George H. W. Bush (o pai).

Preocupados com a viabilidade política dos vices, os candidatos à Presidência costumam ignorar o fato de que o companheiro escolhido pode vir a governar o país. Segundo Hess, é nisso que Obama e especialmente McCain, por causa da idade avançada, deveriam estar mais preocupados, e não tanto com a influência dos vices na atual campanha. "A escolha do vice é uma história de 24 horas. Se a imprensa falar do vice por mais de 24 horas, é porque tem alguma coisa errada: a escolha foi ruim."

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