Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Investigações

Obama e Merkel pedem cessar-fogo após queda de avião na Ucrânia

"Pedimos a todas as partes envolvidas, a Rússia, os separatistas pró-russos e a Ucrânia, que apoiem um cessar-fogo imediato", afirmou um comunicado da Casa Branca

Chanceler alemã deu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (18), em Berlim | Reuters/Axel Schmidt
Chanceler alemã deu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (18), em Berlim (Foto: Reuters/Axel Schmidt)

Os Estados Unidos pediram o cessar-fogo "imediato" na Ucrânia para garantir o acesso "seguro" ao local, no leste do país, onde caiu um avião com 298 passageiros e facilitar assim a recuperação dos corpos.

"Pedimos a todas as partes envolvidas, a Rússia, os separatistas pró-russos e a Ucrânia, que apoiem um cessar-fogo imediato", afirmou em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

INFOGRÁFICO: Confira a rota do avião malaio

Segunda caixa-preta do avião é encontrada

Conselho de Segurança da ONU convoca reunião sobre queda de avião

Voo tinha 154 holandeses

Os aviões civis derrubados nos últimos 40 anos

Companhias mudam rotas para Ásia após incidente com avião malaio

A chefe de Governo da Alemanha, Angela Merkel, também pediu nesta sexta-feira (18) um cessar-fogo na Ucrânia para facilitar a investigação sobre a queda do avião de passageiros malaio em uma área do país controlada por separatistas pró-Rússia.

"O importante agora é realizar uma investigação independente o mais rápido possível. Para isto, um cessar-fogo é necessário e isto é crucial para que os responsáveis (pela tragédia) sejam levados à justiça", disse Merkel.

Os rebeldes pró-Rússia concordaram em permitir o acesso dos investigadores ao local, sem obstáculos, anunciou a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

Earnest antecipou que Washington trabalhará com os países envolvidos e seus parceiros nas organizações internacionais "nas próximas horas e dias" para determinar o melhor caminho a ser seguido.

O porta-voz insistiu que "é vital" não manipular nenhuma prova e que "todas as evidências potenciais e os destroços no local do acidente permaneçam intactos".

Também declarou que, mesmo antes de ter acesso a todas as provas, está claro que o acidente aconteceu no contexto de uma crise na Ucrânia "encorajada pelo apoio russo aos separatistas, inclusive através do fornecimento de armas, equipamentos e treinamento".

O Boeing-777 de Malaysia Airlines caiu na região leste de Donetsk, cenário de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e os rebeldes pró-russos, que logo após o incidente trocaram acusações pela queda da aeronave.

Derrubado

Os serviços de inteligência dos EUA consideram que o avião foi atingido por um míssil terra-ar, mas não puderam confirmar ainda a origem do projétil que derrubou a aeronave, segundo fontes de inteligência citadas pela emissora CNN e pelo jornal The Washington Post.

"Não foi um acidente, [o avião] explodiu no céu", disse o vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, durante um discurso nesta quinta-feira em Detroit, no Estado americano do Michigan.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu na quinta-feira (17) uma investigação "rápida" e "sem obstáculos" sobre a queda do avião.

O presidente russo, Vladimir Putin, também disse nesta sexta-feira que a catástrofe requer uma investigação "exaustiva e objetiva".

Segundo o Kremlin, o presidente afirmou que o incidente revela a necessidade de uma solução pacífica e rápida para o conflito no leste da Ucrânia.

"O chefe de Estado russo ressaltou que a tragédia ocorrida demonstra mais uma vez a necessidade para que se chegue, o mais rápido possível, a uma solução pacífica da grave crise na Ucrânia, e destacou que é necessária uma investigação exaustiva e objetiva sobre as circunstâncias da catástrofe", informou o Kremlin em comunicado.

Putin também expressou suas condolências ao primeiro-ministro da Holanda, já que a maior parte dos quase 300 passageiros do avião da Malaysia Airlines que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur eram holandeses.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, acusou a Rússia diretamente nesta sexta. "Os russos foram longe demais. É um crime internacional cujos responsáveis devem ser julgados em Haia", afirmou.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.