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O ex-presidente americano Barack Obama saiu em defesa da Universidade de Harvard em seu impasse com o governo Trump, que na noite desta segunda-feira (14) congelou US$ 2,2 bilhões em financiamento federal para a instituição acadêmica por ter rejeitado uma série de exigências do governo sobre programas de diversidade ou antissemitismo.
Em sua conta na rede social X, Obama republicou uma mensagem do presidente de Harvard, Alan Garber, que disse que "nenhum governo, de nenhum partido, pode ditar às universidades privadas o que ensinar, quem admitir, quem contratar e quais assuntos de pesquisa seguir".
Para o ex-presidente democrata, Harvard "deu o exemplo para outras instituições de ensino superior: rejeitando tentativas torpes e ilegais de sufocar a liberdade acadêmica", optando por garantir aos alunos "um ambiente de curiosidade intelectual, debate rigoroso e respeito mútuo".
"Vamos torcer para que outras instituições sigam o exemplo", comentou Obama, em alusão velada a outras universidades também ameaçadas de retirada do financiamento federal e que, em alguns casos marcantes, como a Universidade de Columbia, em Nova York, adotaram uma atitude mais alinhada com as exigências do governo Trump.
A Universidade de Harvard garantiu ao governo Trump nesta segunda-feira que "continuará a combater" o antissemitismo em seu campus, conforme exigido, mas não aceitará suas exigências para evitar o corte de verbas, que "invadem as liberdades universitárias há muito reconhecidas pela Suprema Corte".
Os advogados da universidade enviaram uma carta aos membros da "Força-tarefa federal para combater o antissemitismo", criada pelo presidente Donald Trump por ordem executiva, na qual descrevem a universidade como disposta a erradicar o antissemitismo, mas pontuando que a instituição "não está preparada para aceitar exigências que vão além da autoridade jurídica de qualquer governo".




