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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estendeu por mais um ano as sanções do país ao Zimbábue. O alvo da medida é o presidente do país africano, Robert Mugabe e seus correligionários. Obama disse que algumas pessoas no Zimbábue continuam a minar o processo democrático no país. A Casa Branca divulgou a nota nesta quarta-feira (4), o mesmo dia em que o ex-líder da oposição zimbabuana pediu o fim da opressão política e da violência policial em seu primeiro discurso como primeiro-ministro.

O ex-presidente George W. Bush impôs sanções ao Zimbábue pela primeira vez em 2003, então, as estendeu em 2005 e 2008. O alvo das sanções são pessoas e empresas ligadas a Mugabe, que são proibidas de viajar para os Estados Unidos e têm seus bens congelados no país.

Obama estendeu as sanções porque "as ações e políticas dessas pessoas continuam a representar uma ameaça rara e extraordinária à política externa dos Estados Unidos", segundo comunicado da Casa Branca. Mugabe, que tem comandado o Zimbábue desde a independência do país da Grã-Bretanha, em 1980, culpa as sanções ocidentais pelo colapso econômico do país. Mas a oposição culpa, em parte, a incompetência administrativa e a corrupção do partido de Mugabe pelos problemas do país. A inflação do Zimbábue é a maior do mundo e deixou a maior parte de sua população dependente de donativos estrangeiros. A epidemia de cólera já matou 3.955 pessoas desde agosto.

Mugabe e seu antigo opositor, Morgan Tsvangirai, formaram um governo de unidade no início deste ano, após meses de negociação Mugabe continua no cargo de presidente, mas não está claro qual será a autoridade de Tsvangirai como primeiro-ministro. Os Estados Unidos disseram que não podem apoiar o acordo de divisão de poder que tem Mugabe como presidente.

No Zimbábue, o indicado do premiê Tsvangirai para o cargo de vice-ministro da Agricultura no novo governo de unidade, Roy Bennett, vai continuar detido. Um juiz disse que a acusação pode apelar contra uma decisão de permissão de fiança para Bennett. Sua advogada, Beatrice Mtetwa, disse que o juiz da Suprema Corte, Paddington Garwe, decidiu nesta quinta-feira que a acusação poderia ir adiante porque a promotoria tem uma chance razoável de sucesso. Nenhuma data para a decisão foi estabelecida. Bennett continuará detido até o julgamento da apelação.

Bennett está preso desde o dia 13 de fevereiro, acusado de ligação com contrabando de armas, delito ligado a desacreditadas afirmações de que o partido de Tsvangirai estaria conspirando para usar a força para depor Mugabe. A advogada de Bennett esperava que ele fosse libertado hoje depois de a Suprema Corte ter decidido que o Estado não tinha o direito de se opor à fiança. As informações são da Associated Press.

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