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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conduziu uma rápida e estressante campanha de último momento em quatro Estados norte-americanos e voltou à Casa Branca, onde vai esperar os resultados das eleições, amanhã, para o Congresso dos EUA e os governos de 37 dos 50 Estados.

As projeções indicam que o Partido Democrata deverá perder a maioria que possui na Câmara dos Representantes (Deputados). A estimativa é que os democratas percam 40 cadeiras na Câmara, onde todos os ocupantes das 435 cadeiras serão escolhidos amanhã. No Senado, 37 das 100 cadeiras serão renovadas no sufrágio.

Obama levou sua mensagem a Estados considerados cruciais, onde ele venceu as eleições presidenciais de 2008 e lugares onde agora os democratas lutam contra uma onda entusiasmada de eleitores republicanos que desejam afastar o partido do presidente do poder por causa da crise econômica.

Os republicanos e seu movimento ultraconservador Tea Party têm atraído a simpatia do eleitorado com a raiva dos norte-americanos por causa da situação econômica, com a taxa de desemprego em torno de 10%, um fraco crescimento da economia e o estouro da bolha imobiliária, que custou a milhões de norte-americanos suas economias de uma vida inteira, quando muitos bancos foram fechados por causa das hipotecas não pagas.

Obama, contudo, disse não desistir da esperança de que os democratas superem as más expectativas amanhã. "Não deixem ninguém dizer a vocês que essa luta não vale a pena", disse Obama ontem a uma multidão amistosa na Universidade Estadual de Cleveland, em Ohio. "É sempre difícil trazer a mudança."

A ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, que lidera o movimento ultraconservador Tea Party no Partido Republicano, criticou a mensagem dos democratas em um discurso na televisão. Palin não concorre a nenhum cargo nas eleições de amanhã. "Você arruinou tudo, presidente Obama. Nós lhe demos dois anos para cumprir suas promessas de garantir que nossa economia voltasse à vida novamente", disse Palin, que em 2008 foi derrotada por Obama e Joe Biden, quando era candidata a vice-presidente na chapa republicana do senador John McCain.

O governador do Mississippi, o republicano Haley Barbour, se juntou ao ataque de Palin. "O que o povo americano está dizendo é que as políticas Obama não estão funcionando. Se os republicanos vencerem, é isso que será, um repúdio às políticas de Obama", afirmou Barbour.

Além da parada final em Ohio, Obama visitou nos últimos dias outros três Estados cruciais para a vitória democrata de 2008: Pensilvânia, Connecticut e Illinois. Em todos, os democratas enfrentam dificuldades e poderão ser derrotados este ano.

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