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Presidente defende "opção pública" para reformar a saúde

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem que a "opção pública" de um programa federal de saúde deve ser parte da reforma do sistema de saúde norte-americano. A reforma é uma das prioridades de Obama.

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Nova Iorque - A Casa Branca liberou na véspera o discurso que o presidente dos EUA, Barack Obama, fará amanhã para estudantes em uma escola em Arlington, na Virgínia e que será transmitido para ou­­tras escolas no país. A divulgação do texto com antecedência é uma tentativa de minimizar a polêmica criada em torno da fala do presidente, apontada pela oposição como uma tentativa de doutrinar os estudantes sobre a agenda política do governo.

Obama não é o primeiro presidente a fazer um discurso para estudantes. Os republicanos Ronald Reagan (1981-1989) e George Bush pai (1989-1993) também já se dirigiram diretamente a estudantes. Desta vez, muitas escolas ainda discutem se vão transmitir o discurso e quais atividades extras devem oferecer para alunos que receberam a orientação dos pais de não participar.

O debate em torno do discurso chega em mau momento para o governo, que tenta concentrar as atenções na aprovação do projeto da reforma do sistema de saúde, tema sobre o qual Obama falará ao Congresso quarta-feira.

O texto liberado ontem afirma que os alunos precisam trabalhar duro e fixar metas, procurar áreas de estudo com as quais se identifiquem e não abandonar a escola.

"Podemos ter os professores mais dedicados, os pais que oferecem o maior apoio e as melhores escolas do mundo, e nada disso vai fazer diferença a menos que você cumpra as suas responsabilidades", dirá o democrata.

O discurso cita ainda episódios da vida de estudante de Obama, como suas dificuldades para se adaptar e o período em que tinha aulas de reforço com a mãe às 4h30 da manhã. Segundo ele, as circunstâncias da vida, o lugar onde se vive, a falta de dinheiro, não são desculpas para que os estudantes abandonem a escola.

Exemplos

O texto trata ainda de superação e determinação. Menciona que figuras famosas enfrentaram muitos fracassos antes de obter o sucesso, como a escritora J.K. Rowling, que teve o primeiro livro da série Harry Potter recusado 12 vezes antes da publicação, e Michael Jordan, considerado o maior jogador de basquete da história, que foi recusado no time do colégio.

"Essas pessoas tiveram sucesso porque entenderam que você não pode deixar que os fracassos definam quem você é", diz.

Após a liberação do texto, o líder do partido republicano na Flórida, Jim Greer, afirmou à CNN, que "se trata de um discurso que todo presidente deveria fazer", mas disse ter dúvidas de que a versão inicial do discurso tenha sido mantida após a polêmica gerada pelo tema.

A grita começou quando o governo sugeriu que os alunos escrevessem cartas sobre como ajudar o presidente, o que acabou sendo deixado de lado.

Em entrevista à CNN, a ex-primeira dama dos EUA Laura Bush disse que é importante respeitar o presidente e que há es­­paço para esse tipo de discurso. Até o repórter mirim Damon Wea­ver, de 11 anos, que entrevistou o presidente para a rede de TV de sua escola na Flórida, comentou o episódio. "É muito tolo isso. Em 1991, Bush fez discurso para alunos e ninguém disse nada", afirmou.

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