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O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, começou a preparar terreno para a reforma do sistema de saúde dos EUA e busca formar uma base de apoio para a empreitada, usando inclusive as ferramentas da Internet que tanto ajudaram na sua campanha eleitoral.

No site da transição de governo (www.change.gov), Obama, que toma posse em 20 de janeiro, pede que as pessoas enviem idéias para mudar um sistema custoso e ineficiente, que deixa dezenas de milhões de norte-americanos sem atendimento.

"Todos os norte-americanos estão sentindo a pressão dos elevados custos da saúde e da falta de qualidade no atendimento, e consideramos importante envolvê-los no processo de reforma", disse Stephanie Cutter, porta-voz da equipe de transição de Obama.

"A mudança começa de baixo, e acreditamos que isso seja verdade também em questões críticas, como a reforma da saúde."

O ex-líder da maioria democrata no Senado Tom Daschle coordena o programa de saúde de Obama e, nesta sexta-feira, participará de um debate sobre o tema no Colorado, onde deve começar a detalhar os planos para a mudança.

Durante a campanha, Obama prometeu cobertura para milhões de norte-americanos hoje desassistidos e disse que investiria 50 bilhões de dólares para informatizar os prontuários.

A saúde pública é um dos problemas políticos mais intratáveis dos EUA, e o eleitorado o colocou como sua terceira maior prioridade, atrás da economia e da guerra do Iraque.

Os EUA atualmente gastam mais com a saúde do que qualquer outro país desenvolvido, e mesmo assim há 47 milhões de pessoas sem direito a atendimento. Em geral, as pessoas possuem planos de saúde das empresas onde trabalham, mas os patrões se queixam dos custos explosivos, que estariam prejudicando sua competitividade no mercado global.

Os custos com planos de saúde foram uma das razões citadas pelas fábricas de automóveis para pedirem uma ajuda de 34 bilhões de dólares do governo.

Os gastos com saúde representam cerca de 16 por cento do PIB dos EUA -- ou 2,3 trilhões de dólares. Estima-se que a cifra suba para 20 por cento (4 trilhões de dólares) até 2015.

Daschle, ex-senador cotado para o cargo de secretário de Saúde, tem conversado com grupos de consumidores, empresários, sindicatos e profissionais da saúde.

"Acho que será um esforço muito cooperativo, que envolverá o presidente, o secretário Daschle e o Congresso", disse Ron Pollack, diretor-executivo da entidade Families USA, que defende a reforma.

"Obama e Tom Daschle vão trabalhar muito de perto com o Congresso no desenvolvimento de uma proposta", acrescentou.

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