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Presidente do México alegou que proposta visa “limpar o Judiciário de cumplicidade, conflitos de interesse, convivências inoportunas, corrupção e desperdício de recursos”
Presidente do México alegou que proposta visa “limpar o Judiciário de cumplicidade, conflitos de interesse, convivências inoportunas, corrupção e desperdício de recursos”| Foto: EFE/Lorenzo Hernández

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nesta sexta-feira (1º) uma proposta de reforma constitucional para permitir que a população eleja por voto direto os juízes do Poder Judiciário e os ministros da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN).

“Vou propor uma iniciativa de reforma constitucional para limpar o Judiciário de cumplicidade, conflitos de interesse, convivências inoportunas, corrupção e desperdício de recursos”, declarou o presidente em Campeche, estado no sudeste do país.

“É indispensável e urgente que juízes, magistrados e ministros [da Suprema Corte] sejam eleitos diretamente pelo povo e não nomeados pela elite do poder econômico e político do México”, acrescentou.

López Obrador entregou nesta sexta-feira seu quinto e penúltimo relatório de governo, que os presidentes mexicanos são obrigados a entregar anualmente em 1º de setembro.

No evento, o presidente mexicano reacendeu seu atrito com a Suprema Corte e com o Judiciário, que barrou algumas de suas iniciativas de reforma, como a política de nacionalização energética e a militarização da Guarda Nacional.

Como exemplo, o político de esquerda citou o fato de que a SCJN interrompeu a distribuição de seus livros escolares nos estados de Chihuahua e Coahuila, depois de pedidos à Justiça por parte de organizações conservadoras.

“Assim como são eleitos os prefeitos, homens ou mulheres, governadores, governadoras, assim como são eleitos vereadores, deputados federais, senadores e o presidente da República, assim também devem ser eleitos juízes, magistrados e ministros”, disse.

O presidente mexicano reiterou suas acusações de que a Suprema Corte e o Judiciário são corruptos e ligados a interesses contrários ao seu governo.

“Não é pouca coisa, o Judiciário deve servir ao povo, às suas causas e aos seus mandatos, e não, como acontece agora, operar sob o lema de beneficiar grupos ou facções políticas e econômicas, e até mesmo sob o lema de interesses criminosos”, disse.

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