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Os 21 observadores filipinos da ONU sequestrados por rebeldes sírios permaneciam detidos nesta manhã (9), depois que o prazo para a seu resgate em um povoado nas Colinas de Golã expirou, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Não há nada novo, ainda não foram libertados, embora os rebeldes garantam que estão prontos para entregá-los a qualquer momento", indicou Rami Abdel Rahamne, presidente do OSDH, uma ONG com sede na Grã-Bretanha que se apoia em uma rede de militantes e médicos no local e que está em contato com os sequestradores.

Ontem, citando os rebeldes, Rahmane informou sobre a conclusão de um acordo entre o regime e a ONU para um fim dos bombardeios que permitisse que uma delegação da Cruz Vermelha, acompanhada por uma equipe da ONU, retirasse os observadores do povoado de Jamla entre as 10h e as 12h (5h e 7h de Brasília).

O acordo foi alcançado depois que a primeira tentativa de tirar os observadores de Jamla fracassou por um bombardeio do exército em um setor próximo que obrigou o comboio da ONU que deveria retirá-los a recuar.

No início da manhã, a situação era de tranquilidade em Jamla, mas depois "explodiram combates entre rebeldes e sldados, quando os insurgentes atacaram uma unidade militar em Aabdine, 3 km ao sul de Jamla", indicou Abdel Rahmane à AFP.

Entre os grupos rebeldes autores deste ataque encontra-se a "Brigada dos Mártires de Yarmuk", o grupo que sequestrou os observadores na última quarta-feira, disse.

O responsável pelas operações para a manutenção de paz da ONU, Hervé Ladsous, disse ontem que esperava "um cessar-fogo de várias horas" para permitir a libertação dos observadores.

O grupo rebelde da Brigada dos Mártires de Yarmuk sequestrou na quarta-feira nas Colinas de Golã 21 membros da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (FNUOD), na primeira ação deste tipo desde o início do conflito na Síria, há quase dois anos.

A FNUOD está encarregada desde 1974 de fazer respeitar o cessar-fogo entre Israel e Síria nas Colinas de Golã, ocupadas em grande parte pelo Estado hebreu. A região de Jamla está situada a 1,5 km da linha de cessar-fogo.

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