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O Observatório Venezuelano de Finanças (OVF) divulgou relatório nesta sexta-feira (25) que apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 2,7% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2024.
O indicador do órgão independente não apontava uma retração trimestral na economia venezuelana desde o segundo trimestre de 2023, quando foi registrada queda de 5,8%.
Segundo informações do site Efecto Cocuyo, o estudo atribuiu a queda a “uma contração de 5% no setor [da economia] não petrolífero, que não pôde ser compensada pelo crescimento de 7,4% na atividade petrolífera”.
A receita do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), um dos indicadores do consumo interno na Venezuela, caiu 11,7%, enquanto o gasto público real diminuiu 9,4%, destacou o OVF, que ressaltou ainda a aceleração da inflação e a “crescente instabilidade cambial”, em grande parte devido à diferença entre o valor oficial do dólar do Banco Central da Venezuela (BCV) e o do mercado paralelo.
“Essa distorção afeta as transações e a continuidade dos negócios, piorando ainda mais o desempenho econômico do país”, afirmou o OVF.
No início do mês, o Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade Católica Andrés Bello (Ucab), de Caracas, havia projetado que o país governado pelo ditador Nicolás Maduro fechará 2025 com uma inflação de quase 221% e sofrerá uma retração econômica de 2,05%.
Os pesquisadores da Ucab alegaram que essa previsão decorre de “um contexto muito adverso de incerteza e instabilidade”, provocado por “mudanças na política econômica promovida pelo novo governo nos EUA”, o “restabelecimento de sanções petrolíferas e financeiras” e a “evolução desfavorável do mercado de petróleo”.
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