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América Latina

OEA cria comissão para trazer Honduras de volta

Novo governo de país suspenso há 11 meses só não foi reconhecido pela Nicarágua

Manifestação em frente do palácio presidencial do Equador, em Quito, contra a visita de Hillary Clinton: aproximação de Obama com região ainda enfrenta resistência | Pablo Cozzaglio/AFP
Manifestação em frente do palácio presidencial do Equador, em Quito, contra a visita de Hillary Clinton: aproximação de Obama com região ainda enfrenta resistência (Foto: Pablo Cozzaglio/AFP)
Veja roteiro da viagem de Hillary Clinton na América Latina |

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Veja roteiro da viagem de Hillary Clinton na América Latina

A Organização dos Estados Ame­­ricanos (OEA) criou ontem uma comissão para estudar a possibilidade de um retorno de Hon­­du­­ras ao organismo após o golpe de Estado do ano passado. A co­­missão tem até 30 de julho para fazer suas recomendações, se­­gun­­do a resolução aprovada no último dia da assembleia da OEA realizada em Lima, no Peru.

O secretário-geral do órgão, José Miguel Insulza foi o encarregado de designar os membros da comissão.

Insulza disse que os preparativos começaram na segunda-feira na sede institucional da OEA, em Washington, mas não forneceu detalhes.

No passado, Insulza formou este tipo de comissão com membros provenientes da própria OEA – como embaixadores e funcionários – e de outros países – como ex-chanceleres ou diplomatas de sua confiança.

Para criar a comissão, os chan­­celeres latino-americanos reunidos em Lima consideraram que "é necessário que os países membros contem com maior in­­formação sobre o estado do processo político hondurenho".

O vice-presidente e chanceler panamenho Juan Carlos Va­­rela, presidente rotativo do Sis­­tema de Integração Centro-americana (SICA), disse que gostaria que o retorno de Honduras ocorresse "o mais rápido possível", já que todos os países da América Central, com exceção da Nicarágua, reconheceram o governo do presidente Porfirio Lobo, eleito depois do golpe de Estado.

Honduras está suspenso da OEA desde 4 de julho de 2009 por causa da deposição do presidente Manuel Zelaya.

Em Tegucigalpa, o presidente Porfirio Lobo disse em coletiva de imprensa estar "muito con­­tente com a decisão da OEA de enviar pessoas para revisar, analisar e investigar o que ocorre em Honduras e que assinalem o que estamos fazendo in­­corre­­tamente".

Contrariado

Zelaya, exilado na República Do­­minicana, parecia contrariado com a decisão da OEA. Ele disse que embora Lobo tenha sido elogiado por alguns ministros na reunião em Lima, na realidade em Honduras "não foi restaurada a democracia".

Lobo "ignora os informes da OEA que denunciam violações aos direitos humanos e encobre os responsáveis do golpe de Es­­ta­­do", disse Zelaya em uma carta difundida na capital hondurenha.

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