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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, em dezembro de 2023
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, em dezembro de 2023| Foto: EFE/Lenin Nolly

A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou nesta sexta-feira (12) a escalada da violência no Equador e ofereceu seu apoio "técnico" e "político" ao governo do presidente Daniel Noboa.

Em uma resolução aprovada por aclamação pelos 33 países-membros da organização, a OEA deu seu apoio ao "regime democrático" do Equador e se comprometeu a "continuar monitorando" a situação no país a fim de oferecer "acompanhamento político" e apoio técnico ao atual governo.

O documento foi aprovado em sessão do Conselho Permanente na qual a ministra das Relações Exteriores equatoriana, Gabriela Sommerfeld, pediu o "apoio decisivo" de todos os países latino-americanos para enfrentar o que ela descreveu como uma "grave crise e convulsão social" em seu país.

"O Equador não pode se render diante do terrorismo. Os cidadãos e o governo equatoriano não permitirão que a violência seja imposta", advertiu.

Como parte de seu discurso no plenário da OEA, que se reuniu nesta sexta-feira a pedido do governo equatoriano para tratar da situação no país, a chanceler exibiu um vídeo compilando imagens da violência ocorrida nos últimos dias.

"O terror tomou conta do país, o Equador não aguenta mais", diziam as letras brancas sobre imagens que mostravam incêndios de carros, a tomada de reféns por grupos armados e pessoas com ferimentos de bala.

A ministra das Relações Exteriores atribuiu essa violência a grupos terroristas e insistiu que esperava que a resolução adotada pela OEA se traduzisse em apoio concreto ao seu país.

"Temos certeza de que as palavras de solidariedade se refletirão em decisões concretas", acrescentou Sommerfeld.

O crime organizado no Equador aumentou nesta semana, com distúrbios em várias prisões, sequestros, explosões, ataques e até mesmo um ataque armado a uma emissora de televisão na cidade de Guayaquil.

O governo declarou um "conflito armado interno" e classificou essas gangues como grupos terroristas e alvos militares.

Os fatos ocorreram em um momento em que o novo governo do presidente Daniel Noboa se preparava para implementar seu plano de recuperar o controle das prisões do Equador, muitas das quais são dominadas internamente por esses grupos.

Essa violência também se espalhou pelas ruas. O Equador é, atualmente, um dos países mais violentos do mundo, com 45 homicídios intencionais por 100.000 habitantes em 2023.

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