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O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou nesta quinta-feira (16) uma reunião extraordinária para tratar as "ameaças" do Reino Unido ao Equador por causa do asilo concedido pelo país latino-americano ao fundador do Wikileaks, Julian Assange.

A representante do Equador na OEA, María Isabel Salvador, explicou que a reunião extraordinária foi solicitada por seu país após as "ameaças vertidas explicitamente pelo governo britânico". Essas ameaças são "inadmissíveis" e constituem "um ato hostil", ressaltou María Isabel, que denunciou que a atitude britânica "viola normas do direito internacional".

A representante equatoriana pediu que o Conselho Permanente convoque "de forma urgente" uma reunião de ministros de Exteriores dos Estados-membros da OEA. O pedido do Equador foi apoiado pelos governos de Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai.

O governo do Equador concedeu asilo a Assange nesta quinta por considerar que até agora o fundador de Wikileaks não recebeu garantias do Reino Unido e da Suécia de que não será extraditado aos Estados Unidos, onde considera que sua vida correria perigo.

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, que fez o anúncio, se mostrou confiante que Londres outorgará o salvo-conduto a Assange para que abandone a embaixada. No entanto, o ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, assinalou hoje que não há razões legais para outorgar um salvo-conduto ao fundador de Wikileaks.

"Não há nenhuma base legal que nos obrigue a isso", apontou Hague, ressaltando que a imunidade diplomática não deve ser utilizada para "dar refúgio" a supostos criminosos e que o processo na Suécia teria "garantias" legais.

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