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Imigração no brasil

Oito em cada 10 venezuelanos querem deixar região de fronteira em RR

Fugitivos da ditadura no país vizinho manifestaram intenção de ir para outras regiões do país com o apoio do governo federal

Crianças venezuelanas posam para foto na fronteira entre o Brasil e a Venezuela em Pacaraima, em Roraima | MAURO PIMENTEL/AFP
Crianças venezuelanas posam para foto na fronteira entre o Brasil e a Venezuela em Pacaraima, em Roraima (Foto: MAURO PIMENTEL/AFP)

Pelo menos 8 em cada 10 venezuelanos que entraram no Brasil por Pacaraima (RR) desde junho manifestaram intenção de ir para outras regiões do país com ajuda da operação do governo federal. O dado faz parte de relatório do centro de triagem de Pacaraima e leva em conta 7.015 pessoas que foram acolhidas na fronteira de 18 de junho a 12 de agosto. 

 A cidade enfrenta uma crise migratória e foi palco de confronto no último fim de semana. O governo anunciou o envio de 120 integrantes da Força Nacional para o local. ï»¿

 Apesar de a equipe do presidente Michel Temer ter defendido que é ilegal a possibilidade de fechar a fronteira do Brasil com a Venezuela, o senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo no Senado, declarou que propôs ao Palácio do Planalto a "suspensão temporária" da fronteira com a Venezuela em Pacaraima. 

 Raio-X

Um raio-x das pessoas que entraram pela fronteira de Pacaraima no período, o relatório mostra que 70% dos venezuelanos têm pelo menos o ensino médio completo. Mostra, ainda, que as principais experiências de trabalho são: vendedor (10%), construção civil (9%), trabalho doméstico (6%), cozinheiros (6%), cabeleireiros e esteticistas (3%). 

 Em relação ao estado civil, a maioria dessas pessoas é solteira (57%). Outros 27% têm união estável, 15% são casados e 1% fez divórcio. 

 O ingresso de homens (61%) foi maior que o de mulheres (39%). A maioria tem até 45 anos -acima dessa faixa há apenas 16%. 

 Dos mais de 7 mil imigrantes registrados no período, há 110 gestantes, 119 são pessoas com deficiência, 44 são idosos desacompanhados e 30 têm doenças graves. 

 O governo brasileiro informou que a política de interiorização dos venezuelanos será intensificada, mas tem enfrentado dificuldade para fazer a transferência, que está mais lenta do que o esperado.

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