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O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que está disposto a conversar com a Arábia Saudita e outros países árabes e acredita que uma paz abrangente com eles e com os palestinos pode ser conseguida em um prazo de cinco anos.

Em entrevistas aos maiores jornais de Israel, publicadas nesta sexta-feira, Olmert disse que o plano de paz endossado por líderes árabes na cúpula em Riad pode ajudar a criar um momento positivo em futuras negociações.

"Há uma chance significativa de que nos próximos cinco anos Israel possa chegar a uma paz abrangente", disse Olmert.

Mas ele deixou claro que algumas partes do plano árabe são "problemáticas" e que Israel não está preparado para aceitar, "entrar e dizer 'é isso"'.

O plano oferece a Israel relações normais com todos os países árabes em troca de uma retirada de terras capturadas na guerra de 1967, a criação de um Estado palestino e uma "solução justa" para os palestinos desalojados com a criação de Israel, em 1948.

Israel é contra dar direito de retorno aos refugiados palestinos às suas antigas casas, onde agora existe o Estado judeu.

"Há idéias interessantes lá (no plano árabe) e estamos dispostos a debater e ouvir dos sauditas sua posição e dizer a nossa", afirmou Olmert em uma das entrevistas.

Mas ele acrescentou: "Vamos agir com cautela e sabedoria, com a vontade de criar uma dinâmica que vai melhorar e fortalecer o processo."

O direito de retorno, afirmou Olmert, é "algo que certamente não podemos concordar e não concordaremos".

Isso está fora de questão, disse. "Nunca aceitaremos uma solução baseada em seu retorno a Israel, em qualquer número."

O vice- premiê de Israel, Shimon Peres, disse à Reuters Television que Israel, palestinos e árabes deveriam sentar-se e negociar. "Caso contrário, temo que entremos em um debate vão, que não levará a parte alguma."

Olmert disse ainda acreditar que o progresso nas negociações com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, depende em parte da libertação do soldado Gilad Shalit, capturado por militantes de Gaza, e rejeitou libertar o líder palestino Marwan Barghouthi como parte de uma troca de prisioneiros.

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