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A Organização Mundial da Saúde (OMS) está investigando uma doença misteriosa que já causou mais de 70 mortes na República Democrática do Congo (RDC). Autoridades locais informaram que os primeiros casos foram registrados ainda no mês de outubro e a doença apresenta sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, coriza, dor de cabeça, tosse, falta de ar e anemia.
Nesta quarta-feira (4), o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, declarou à Agência EFE que a organização está "trabalhando com as autoridades do país para acompanhar os relatos da doença desconhecida a fim de entender a situação e enviamos uma equipe à região para coletar amostras a fim de realizar pesquisas de laboratório".
Segundo informações da emissora americana CBS News, o ministro da Saúde da República Democrática do Congo, Roger Kamba, disse que 27 das mortes ocorreram em hospitais, enquanto outras 44 foram registradas em comunidades locais, especificamente na província de Kwango. Ele destacou que "o governo congolês está em alerta geral em relação a esta doença", sem fornecer mais detalhes.
De acordo com a CBS, dos casos hospitalizados, 10 mortes ocorreram devido à falta de transfusões de sangue, enquanto 17 pessoas faleceram por complicações respiratórias. No total, até o momento, foram identificados cerca de 376 casos da doença.
A província de Kwango, que faz fronteira com Angola, é uma das regiões mais afetadas pela doença neste momento. O ministro da saúde da RDC afirmou, segundo a CBS, que especialistas em epidemiologia estão no local para colher amostras e realizar análises laboratoriais em busca de respostas rápidas.
Crise sanitária
Além da gripe misteriosa, a RDC está enfrentando um surto grave de mpox (varíola dos macacos), com mais de 47 mil casos suspeitos e cerca de mil mortes registradas desde o início da epidemia. Em agosto, a OMS declarou emergência internacional devido ao avanço da doença no país e sua disseminação para outras regiões da África e do mundo.
O governo congolês iniciou a vacinação contra o mpox em outubro, buscando conter o aumento de casos. No entanto, os desafios enfrentados pelo sistema de saúde local, sobrecarregado e com recursos limitados, complicam a resposta às duas crises simultâneas.
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