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O bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, que foi condenado em fevereiro a mais de 26 anos de prisão pela ditadura sandinista por “traição à pátria”
O bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, que foi condenado em fevereiro a mais de 26 anos de prisão pela ditadura sandinista por “traição à pátria”| Foto: EFE/Jorge Torres

A ADF Internacional, uma organização de defesa da liberdade de expressão e da liberdade religiosa, apresentou na quarta-feira (13) uma petição legal contra a prisão do bispo nicaraguense Rolando Álvarez à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

A organização afirmou que, como não existem vias legais para entrar com um recurso contra a prisão do bispo na própria Justiça da Nicarágua, coube aos seus representantes levar o caso à CIDH.

A ADF explicou que “o estado de perseguição [aos católicos] na Nicarágua é terrível. Mais recentemente, um padre que rezava pelo Bispo Álvarez foi preso em 11 de setembro de 2023”.

O bispo Álvarez, que liderava a Diocese Católica de Matagalpa, foi condenado a 26 anos de prisão pelo crime de “traição à pátria”. Defensores do líder católico afirmam que, na verdade, ele foi para a prisão devido a suas pregações sobre a dignidade humana e justiça no país. Álvarez também denunciava rotineiramente as violações dos direitos humanos promovidas pelo regime de Daniel Ortega.

A ADF lembrou no seu anúncio na quarta-feira que o regime de Ortega “tem como alvo a Igreja Católica sob a forma de ataques contra líderes religiosos, ordens religiosas, locais de culto, além de instituições e universidades católicas, organizações sem fins lucrativos e meios de comunicação social”.

Kristina Hjelkrem, consultora jurídica para a América Latina da ADF Internacional e principal advogada no caso do bispo, expressou sua indignação com a prisão de Álvarez.

"Aqueles que se preocupam com os direitos humanos básicos deveriam ficar indignados com a crise sofrida pelas pessoas de fé na Nicarágua", disse.

Hjelkrem ainda afirmou que "a ADF Internacional tem a honra de trazer este caso crucial à comissão e esperamos garantir justiça para o bispo Álvarez e, esperançosamente, pôr fim à perseguição religiosa na Nicarágua. Ninguém deve ser perseguido ou preso por compartilhar sua fé".

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