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O ditador de Cuba, Miguel Diaz-Canel, e seu antecessor, Raúl Castro, durante as comemorações do Dia da Rebelião Nacional, em julho
O ditador de Cuba, Miguel Diaz-Canel, e seu antecessor, Raúl Castro, durante as comemorações do Dia da Rebelião Nacional, em julho| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

A organização de direitos humanos Prisoners Defenders (PD) divulgou nesta terça-feira (12) seu relatório mensal, referente ao mês de agosto, no qual revelou que o regime comunista cubano, liderado pelo ditador Miguel Díaz-Canel, mantém atualmente 1.045 prisioneiros políticos em seus presídios.

Segundo a organização, dentro desse contingente, não há somente presos políticos adultos. O relatório apontou que atualmente 36 menores de idade, presos de forma arbitraria, também enfrentam diariamente a dura realidade do sistema carcerário da ilha.

A Prisoners Defenders apontou que nos últimos seis meses 91 novos prisioneiros políticos foram encarcerados em Cuba, uma média de 15 presos por mês. Isso revela uma tendência preocupante de avanço da repressão contra aqueles que ousam expressar opiniões contrárias ao regime comunista que comanda o país.

Dos 36 menores de idade na lista de prisioneiros políticos cubanos, 32 são meninos e quatro são meninas. Destes, 31 já estão cumprindo sentença, enquanto cinco estão atualmente enfrentando processos penais.

A Prisoners Defenders denunciou as condições precárias em que esses prisioneiros políticos se encontram atualmente, destacando que muitos deles enfrentam condenações e restrições de liberdade impostas por promotores públicos sem supervisão judicial ou defesa jurídica adequada, violando flagrantemente o direito internacional.

O relatório também revelou as preocupações da organização sobre a participação de cidadãos cubanos na invasão russa à Ucrânia.

A Prisoners Defenders disse que é "evidente que o regime cubano tem apoiado a Rússia na guerra na Ucrânia" e observou que os meios de comunicação estatais cubanos têm propagado a narrativa do governo russo, apoiando ativamente veículos de mídia estatal do país eurasiático, como a RT e a Sputnik.

Além disso, a organização apontou que o regime cubano tem se destacado como um dos mais ativos na tentativa de impedir condenações explícitas ao governo de Vladimir Putin, tanto nas Nações Unidas quanto em outros fóruns internacionais, incluindo a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“Miguel Díaz-Canel viajou para a Rússia em 2022 e parabenizou publicamente a Rússia pelas anexações no Donbass. Além disso, em organizações internacionais, [Cuba] tem sido o país mais ativo na prevenção da condenação explícita do regime de Putin, tanto nas Nações Unidas como em outros fóruns, como a Celac, onde conseguiu enfraquecer qualquer condenação da 'invasão' ou da distinção entre o agressor e o atacado nesta guerra”, escreveu a organização em seu site.

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