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A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou preocupação nesta quinta-feira (21) com o uso de um míssil balístico pela Rússia em um ataque à Ucrânia. Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu o episódio como “mais um acontecimento preocupante” no conflito no leste europeu e renovou o apelo para que as partes envolvidas evitem atingir civis e respeitem o direito internacional.
“Tudo isso está indo na direção errada”, afirmou Dujarric, reiterando que a prioridade deve ser a busca por uma solução pacífica e que neste momento existe uma séria necessidade de se proteger os civis e a infraestrutura crítica.
O regime de Vladimir Putin confirmou nesta quinta-feira que lançou o míssil balístico hipersônico de médio alcance "Oreshnik" em um ataque contra um complexo militar-industrial na Ucrânia. O ditador russo declarou que o ataque foi uma resposta ao uso de armas de longo alcance fornecidas por países ocidentais a Kiev, como os mísseis americanos ATACMS e os britânicos Storm Shadow, que têm sido usados pela Ucrânia em operações contra alvos militares em território russo.
A cidade de Dnipro foi atingida nas primeiras horas do dia, com relatos iniciais de uso de um míssil balístico intercontinental, embora a informação não tenha sido confirmada por autoridades ucranianas ou norte-americanas. Putin afirmou que o ataque serviu para testar o novo sistema em condições de combate.
Apesar das alegações do regime russo de que suas defesas antiaéreas têm repelido ataques ucranianos, o líder do Kremlin alertou anteriormente que o uso de armamentos ocidentais de longo alcance poderia ser considerado um ato de guerra direta da OTAN contra a Rússia.