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Guerra civil

ONU defende Congo apesar do envolvimento do exército em mortes

Grupo de direitos humanos denunciou governo congolês de matar deliberadamente mais de 500 civis, incluindo mulheres, crianças e idosos

A Organização das Nações Unidas (ONU) está comprometida no apoio ao Exército do Congo e só retirou a assistência a certas unidades que acredita que mataram mais de 60 civis recentemente, disseram autoridades da ONU nesta terça-feira.

A ONU deve continuar envolvida com as forças congolesas para evitar mais abusos de civis na atual ofensiva no leste do país, disseram.

A entidade suspendeu apoio operacional e logístico na segunda-feira para unidades do exército que acredita terem matado ao menos 62 civis durante uma ofensiva apoiada por soldados da ONU contra o grupo rebelde Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR).

Mas, em uma entrevista para a Rádio Okapi, o chefe das tropas de paz da ONU, Alain Le Roy, disse que a missão da entidade na República Democrática do Congo não tinha a intenção de retirar seu apoio à ofensiva.

A presença da FDLR no leste do Congo é considerada a causa de mais de uma década de conflitos e de uma crise humanitária que já matou cerca de 5,4 milhões de pessoas.

O grupo de direitos humanos Human Rights Watch acusou o governo de matar deliberadamente pelo menos 505 civis, a maioria mulheres, crianças e idosos, desde o início da ofensiva em março. Algumas foram despedaçadas com machetes, degoladas ou queimadas em suas casas.

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