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A ONU disse nesta sexta-feira (2) que investigará violações de direitos humanos por parte dos rebeldes sírios, depois da divulgação de um vídeo que mostra soldados do regime sendo executados.

As ações registradas no vídeo também foram condenadas pela Anistia Internacional, que as classificou como "desrespeito chocante às leis humanitárias internacionais".

"Como todos os vídeos desse tipo, é difícil examinar onde os fatos retratados aconteceram e quem está envolvido. Precisamos analisar com cuidado e faremos isso", disse o porta-voz de direitos humanos da ONU, Rupert Colville.

"Mas as acusações são de que os soldados que foram mortos não estavam mais em combate. Ora, então é bem provável que esse seja um crime de guerra, mais um", acrescentou.

O vídeo mostra rebeldes chutando e espancando um grupo de soldados que haviam sido capturados, alguns deles já feridos, enquanto os acusam de serem "cães de Assad". Depois disso, os rebeldes disparam contra os seus prisioneiros por inúmeras vezes, mesmo com os corpos já caídos. A organização não governamental Observatório Sírio de Direitos Humanos diz que as mortes ocorreram próximas à cidade de Saraqeb, no norte do país. O grupo opositor Exército Livre da Síria disse ter tomado o controle da cidade hoje.

A ONG registra que, na quinta-feira, 28 soldados foram mortos pelos rebeldes em três postos das Forças Armadas da Síria na região. No entanto, as ações do vídeo não tiveram a autoria assumida por nenhum grupo armado até o momento.

Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório, questiona os rebeldes sobre suas reclamações de que o regime de Bashar Assad viola seus direitos humanos, já que eles aparentemente estão fazendo o mesmo com os soldados.

O conflito na Síria, no qual rebeldes tentam remover o ditador Bashar Assad do poder, já dura 19 meses. Cerca de 35 mil pessoas já morreram no país como consequência da crise.

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